quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

auto avaliação

AUTO-AVALIAÇÃO
O curso de Pedagogia era uma meta muito esperada ao longo dos anos como professora. Quase no final de carreira este sonho começa a se realizar. Chegar à aposentadoria com nossos objetivos alcançados é renovar-se, acreditando que ainda temos muito que aprender e muito a ensinar. Reciclar deixa as coisas que já estavam sem uso, ou melhor, acomodadas no seu canto, tornar-se úteis novamente. Assim percebi que como pessoa também poderia acontecer uma forma de reciclagem em função da necessidade de acompanhar o ritmo acelerado dos alunos a quem devo uma formação profissional competente. Para ser essa profissional competente e atuar numa realidade em permanente transformação foi necessário retornar aos bancos escolares e começar a busca de respostas para muitas perguntas que já há muito tempo eram almejadas.
Apesar dos percalços durante a caminhada, foi possível acompanhar o ritmo de uma faculdade à distância no qual tivemos que nos dispor a aceitar uma metodologia que nos levasse a adquirir as habilidades de usar uma ferramenta que até então não éramos acostumados a lidar permitindo-nos trilhar por caminhos que não conhecíamos. Confesso que não foi tarefa fácil, mas possível pelo fato de poder usufruir de subsídios e orientações técnicas por parte dos professores, tutores, que permitiram o desenvolvimento das atividades on-line que de certa forma foi presencial pelo fato de estarmos presente nas atividades através dos chats, dos fóruns e nos ambientes de trabalho on-line, onde deveríamos apresentar nossas produções e através delas nossas aprendizagens. A interação entre professores, tutores e colegas do curso eram uma constante, a comunicação via MSN, E-mail acontecia frequentemente. No meu ponto de vista, qualquer pessoa que se dispõe a fazer uma faculdade à distância on-line deve ter no mínimo um curso de informática básico, para poder usufruir e acompanhar o ritmo dos que já dominam a tecnologia com maior desempenho. A auto-avaliação surgia a todo instante, a cada estudo realizado levavam a perceber meu desempenho e as dificuldades, tanto como pessoa e como profissional. As aulas começaram a tomar outros rumos quanto à metodologia de trabalho em sala de aula principalmente em reconhecer que nem todos os alunos aprendem do mesmo jeito ao mesmo tempo.
Mesmo sabendo que nem todas as escolas não estão equipadas suficientemente ou até não possuírem uma sala de tecnologia a disposição da comunidade escolar, o curso nos deu a oportunidade de avançar no conhecimento tecnológico e saber usar essa ferramenta nos deixando aptos a trabalharmos com nossos alunos no momento oportuno, elevando o nível de letramento virtual. Apesar de ter consciência que se eu tivesse buscado mais ajuda na busca de informações sobre o uso das ferramentas virtuais e dos ambientes de trabalho junto às tutoras do pólo fora dos dias das aulas presenciais, o aprendizado nessa área do conhecimento seria bem mais produtivo.
É difícil diante da realidade escolar a que vivemos valorizar os recursos tecnológicos educacionais se a comunidade escolar convive com um modelo educacional que não absorve esses recursos para concretizar a inovação pedagógica tão desejada.
O seminário Integrador nos proporcionou uma busca às reflexões anteriormente realizadas. Essas idas e vindas aos portfólios de aprendizagens, nos fizeram rever conceitos que pensávamos que já estavam compreendidos, mas a partir da releitura pode-se perceber a necessidade de buscar outras fontes para novos questionamentos. Os estudos teóricos sobre os conceitos de alfabetização e letramento foi possível vivenciar em minhas práticas pedagógicas durante um trabalho voltado para as práticas de leitura, escrita e oralidade, compreendendo as habilidades que competem à alfabetização e letramento. Entre tantos os conceitos esses foram os que tiveram relevância durante todos os estudados durante as reflexões em todas as disciplinas.
Sinto-me vencedora e feliz por saber que muito aprendi e que estou me sentindo aguçada a buscar mais, quem sabe uma pós-graduação.

sábado, 20 de novembro de 2010

Projetos de Aprendizagem e Projeto de Ensino são diferentes

É POSSÍVEL TRABALHAR PAS, COM ALUNOS DE 2º ANO?

Após ter experimentado a metodologia com Projetos de Aprendizagens, com alunos de 2º ano das séries iniciais, durante o período de estágio do curso de Pedagogia foi possível continuar desenvolvendo essas práticas durante o ano por ser a professora da turma e principalmente por ter despertado o interesse dos alunos pela pesquisa e também a participação da família nas atividades. Logo ao término do estágio os alunos não se deram por satisfeitos muitos outros PAS foram surgindo, mas com mais fluência tanto por parte dos alunos na busca das informações e por parte da professora em conduzir os alunos à pesquisa.
Foram muitos desafios ao longo do caminho. Além de o professor estar enfrentando uma forma de trabalhar muito diferente do que vinha sendo acostumado a trabalhar tinha que também saber lidar com a direção, supervisão, e orientação educacional que desconhecem a metodologia bem como os pais que todo dia na porta querendo saber do caderno que não estava cheio de letras para completar as linhas do caderno, ou melhor, escrever de forma mecânica, levando-me a comprometer que meus alunos deveriam chegar ao final do ano lendo e escrevendo.
Hoje quase no término do ano letivo, em uma turma de 20 alunos, somente três alunos que não estão alfabetizados, o restante escreve verdadeiros textos, com alto grau de informatividade utilizam elementos de coesão que dão coerência e continuidade a narração, conforme os exemplos que irei expor no tcc.
Ao retomar os estudos no Enfoque 6 - Disciplina de Didática, relendo o texto “Os Projetos de Trabalho: Uma forma de organizar os conhecimentos escolares”. HERNANDES, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. In-A organização do currículo por Projetos de Trabalho. 5ª ed., Porto Alegre: Artmed ,1998, Pode-se compreender a diferença entre Projetos de Aprendizagens e Projetos de Ensino bem como comparar a estrutura de planejamento entre ambos e como se processam as práticas pedagógicas.
Buscou-se embasamento em “Arquiteturas Pedagógicas para a Educação à distância, concepções e suporte Telemático; Marie Jane Carvalho, Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Menezes”, que nos leva a compreender que o trabalho com Projetos de Aprendizagem deve ser considerado o conhecimento prévio dos alunos pesquisadores , no qual os mesmos colocam tudo o que sabem sobre o tema. Neste campo surgem muitos conflitos possibilitando a interação com o desconhecido ou com novas ou com novas situações para que o indivíduo se aproprie do novo conhecimento. É desestimulador trabalhar em cima de um tema sem problematizá-lo e questiona-lo. Um projeto de aprendizagem visa dar possibilidade de se trabalhar em cima de hipóteses e estratégias a partir de uma pergunta curiosa.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Práticas pedagógicas com Projetos de Aprendizagens

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM PROJETOS DE APRENDIZAGENS

Durante a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, enfoque 6- Pedagogia de Projetos, percebi como aconteceram as primeiras aulas do período de estágio no qual as práticas estavam relacionadas conforme os autores descritos na postagem sobre Ensino por Projetos e Projetos de Aprendizagens.
. Como tudo que é novo assusta a prática de Projeto de Aprendizagens, PAS não foi possível ser aplicada desde o início do estágio pelo fato de não reconhecer a diferença entre Ensino por Projetos e Projetos de Aprendizagens. Durante o curso a interdisciplina do Seminário Integrador nos possibilitou as práticas com PAS, mas para um professor de muitos anos de carreira não foi fácil permitir que uma nova metodologia pudesse acontecer de forma satisfatória, o qual justifica minha resistência no início do estágio. A partir da visita da orientadora do estágio e de suas interferências é que me dei conta que as práticas estavam acontecendo através de Ensino por Projetos conforme os autores citados anteriormente.
Foi então que no dia 12 de junho é que entendi que o trabalho com PAS deveria tomar outro rumo. Os temas partem da necessidade, da curiosidade e desejos do aluno, percebidos pelo professor, onde o mesmo faz o papel de mediador e assim vai viabilizando e organizando o trabalho através das observações da turma para assim perceber o que está despertando o interesse das crianças.
Os temas surgem, através das rodas de conversas, pois este é um momento muito importante da rotina de trabalho onde o papel do professor é instigar ainda mais a curiosidade dos alunos e os conteúdos da série vão sendo desenvolvidos durante o PAS.

Atividade de outubro- letramento

SEMANA 1 NOVEMBRO
Letramento
Durante a elaboração do trabalho de conclusão de curso inúmeras reflexões surgiram a respeito dos estudos realizados em todas as áreas do conhecimento. Nesse momento busquei registros nos arquivos da interdisciplina “Educação de Jovens e Adultos” que me fizeram encontrar nas citações de Marta Kohl os conceitos de alfabetização e letramento embora não mencionado por ela, mas que está subentendido.
Marta Kohl (PROFA, 2000) diz que “[...] o adulto tem conhecimento acumulado, tem uma relação com o mundo que é muito mais sofisticada do que a das crianças. Não é sofisticada em termos de escolares, mas é em termos de desenvolvimento humano. E a escola precisa estar ajustada a essa cabeça adulta”.
Segundo a autora, os jovens e os adultos trazem consigo, uma história mais longa e mais complexas de experiências, conhecimentos acumulados fazendo com que ele traga consigo diferentes habilidades e dificuldades em comparação com a criança, e, provavelmente mais capacidade de reflexão sobre o conhecimento e sobre seus próprios processos de aprendizagens. Pode-se dizer que o processo de letramento é um processo que se estende por todos os anos de escolaridade e, por toda a vida.
É possível confrontar diferentes realidades, como por exemplo, o “letramento social” com o “letramento escolar”; analisar particularidades culturais, como por exemplo, o “letramento das comunidades operárias da periferia de São Paulo”, ou ainda compreender as exigências de aprendizagem em uma área específica, como é o caso do “letramento científico”, “letramento musical” o “letramento da informática ou dos internautas”. Em cada um desses universos, é possível delinear práticas (comportamentos exercidos por um grupo de sujeitos e concepções assumidas que dão sentidos a essas manifestações) e eventos (situações compartilhadas de usos da escrita) como focos interdependentes de uma mesma realidade (Soares, 2003).
De acordo com Soares, podemos citar o exemplo do arquiteto e o engenheiro. O arquiteto com seu letramento ao planejar uma obra dentro das exigências e das normas estabelecidas na área da arquitetura e o pedreiro com seu letramento executam a obra planejada. Perguntamos qual é a tarefa mais importante? A do arquiteto ou a do pedreiro? Quem é o mais letrado? É óbvio que cada sujeito tem sua especificidade e ao mesmo tempo compartilham da mesma realidade.

sábado, 9 de outubro de 2010

Modelos de Letramento

MODELO AUTÔNOMO E MODELO IDEOLÓGICO DE LETRAMENTO

Nos estudos realizados na interdisciplina de Linguagem e educação, o texto “Modelos de Letramento” Kleiman (1995), apresenta as duas concepções de letramento postuladas por street (1984) denominados Modelo Autônomo e Modelo Ideológico.

Complementando a reflexão postada anteriormente sobre Modelos de Letra mento, pude ter uma experiência significativa em minha prática pedagógica durante o estágio do curso de pedagogia, onde os alunos demonstraram através das atividades de pesquisa que se configuraram como uma forma mais próxima ao Modelo Ideológico. Entre tantas experiências destaco: Foram proporcionados momentos específicos para as pesquisas, com a finalidade de promover a aproximação entre alunos e livros despertando neles o interesse pela leitura e por assuntos de suas escolhas e criar discussões entre eles das leituras feitas. Os alunos tiveram a disposição diversos tipos de livros na biblioteca da sala de aula bem como a liberdade de circularem até os ambientes de leitura da escola como a biblioteca do CAT, e a biblioteca central da escola. Após as leituras os alunos escreveram textos de forma coletiva, onde eles foram dando sentido e significados ao tema sobre o qual estavam pesquisando. Foram muitas as trocas, as relações que os alunos mantêm entre si neste momento, bem como desenvolveram habilidades de produzirem e ouvirem textos orais e escritos de diferentes tipos/gêneros.
Essa foi uma prática bem diferente das que aprendi e acostumava vivenciar ao longo dos anos de professora. Foi difícil compreender e aceitar uma metodologia inovadora que leva o educando a construir seu saber de maneira tão produtiva.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

FICHAMENTO LIVRO -Alfabetização e Letramento

FICHAMENTO DO LIVRO ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DE MAGDA SOARES
SOARES, Magda.
Alfabetização e Letramento/ Magda Soares. 6.ed. São Paulo: CONTEXTO 2010

A AUTORA
Magda Soares, graduada em Letras e doutora e livre-docente em Educação pela Universidade de Minas Gerais (UFMG), é professora titular emérita da faculdade de Educação dessa Universidade, pesquisadora do centro de Alfabetização, Leitura e Escrita-CEALE-dessa Faculdade, autora de diversos livros e artigos sobre ensino de Português ( alfabetização, letramento, leitura e produção textual), e de coleções didáticas para o ensino de Português no nível fundamental.
Foi publicado pela Editora Contexto em 2010, o livro Alfabetização e Letramento de autoria de Magda Soares, onde a mesma propõe releituras de artigos sobre os temas de alfabetização e letramento publicados ao longo período de 13 anos- de 1985à 1998. O neologismo releituras segundo a autora, pretende mostrar não leituras repetidas desses artigos já anteriormente publicados, mas leituras renovadas tanto para quem os escreveu como para quem os lêem com um olhar voltado para o presente.
A obra apresenta três partes bem distinta.
Na primeira parte, a autora aborda o conceito de alfabetização sob diferentes perspectivas teóricas, no qual em seus artigos discute concepções de Alfabetização e Letramento e chama atenção para a complexidade do conceito de alfabetização e letramento, direcionando para a necessidade de ser abordado e compreendido de maneira multidisciplinar.
Na segunda parte, reúne artigos voltados para uma reflexão crítica sobre a prática de alfabetização e letramento, desvelando a função politicamente distorcida dos programas de acesso à leitura e à escrita. Questiona a separação entre o processo da alfabetização e a conquista da cidadania e, por fim, explicita o abismo entre o discurso oficial da escola e o das crianças pertencentes às camadas populares, denunciando, por meio de textos baseados em estudos e pesquisas do desenvolvimento de habilidades textuais em crianças de diferentes classes sociais o processo de aprendizagem de uma escrita que nega o direito de usá-la para dizer sua própria palavra.
A terceira parte da obra a autora apresenta apenas um artigo onde faz a integração entre concepções e práticas de letramento. Relembrando e reafirmando a importante contribuição da teoria pedagógica de Paulo Freire à educação e a alfabetização.
A autora coloca ao lado de cada texto, um para texto contendo comentários que mostram a releitura que a autora faz no presente, informando ao leitor quando e onde foi publicado originalmente e aponta suas relações com outros textos da coletânea.
As temáticas abordadas na obra trazem informações relacionadas ao processo de apresentação da linguagem escrita indicada a todos os educadores considerando que no contexto atual os conceitos e fatos abordados ao longo dos textos são de grande importância para debates e discussões nos dias atuais.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

LETRAMENTO VOLTADO AS PRÁTICAS SOCIAIS DE ESCRITA

LETRAMENTO VOLTADO PARA AS PRÁTICAS SOCIAIS


Ao iniciar o estágio com a turma se 2º ano do Ensino Fundamental, a escrita partiu do método sintético, trabalhando com fragmentos da língua, iniciando o processo de alfabetização com um tema gerador programado para dez dias ou quinze dias.
Já quase na metade do estágio é que percebi que alfabetizar letrando não poderia ser da maneira que eu aprendi e como estava acostumado trabalhar e foi então que decidi a dar início à metodologia de Projetos de Aprendizagens e então me permitir a inovar.
Procurei atender essa demanda em minha turma de estágio experienciando situações que envolveram as diferentes linguagens de forma crítica, respeitando a heterogeneidade, as diferenças e necessidades individuais e principalmente considerando o erro, na elaboração da escrita, como parte do processo na construção textual dos alunos.
Confesso que não foi uma tarefa fácil, os desafios foram muitos, a começar pela família que não estava acostumada a ver as crianças falar em ter que pesquisar e buscar algo sem saber ler e escrever sendo necessário muito diálogo e também afirmar que o desconhecido era um método onde crianças iriam aprender mais e garantir que no final seus filhos iriam sair lendo e escrevendo.
Os alunos de certa forma também demonstraram certa resistência no início, pois não estavam acostumados a trabalharem desta maneira até que com muita determinação pode-se fazer um trabalho que despertassem neles a auto confiança e a buscar autonomia e assim começaram a tomar iniciativa.
Durante os PAS, os alunos aprenderam a representar, estabelecendo relações com o contexto, formularam hipóteses e muitos erros serviram para que eles avançassem para entender o sistema de representação da escrita e não apenas como um código isolado.
Podem-se constatar suas aprendizagens durante o desenvolvimento das pesquisas durante as trocas de informações e em suas produções escritas nos blogs criados por eles.
Para SOARES (1998,2004) a aquisição da leitura e escrita é mais que um simples processo mecânico, é ir além da codificação e decodificação.
É necessário alfabetizar letrando para que o aluno possa usufruir com competência desses saberes no seu dia a dia.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

PROJETOS DE APRENDIZAGENS- ENSINO POR PROJETOS-PESAGOGIA SE PROJETOS

PEDAGOGIA DE PROJETOS-ENSINO POR PROJETOS E PROJETOS DE APRENDIZAGENS

Retornado a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, enfoque 6 - Pedagogia de Projetos no qual teríamos que responder as seguintes questões:
1- Destaque aspectos positivos e desafiadores do trabalho por projetos.
2- Você identifica diferenças e/semelhanças entre Pedagogia de projetos na Educação Infantil e nos anos iniciais? Quais?

O método de projetos, segundo HERNANDES, MONTSERRAT se propõe a transformar as atitudes dos alunos durante o ensino. O aluno deve converter-se em um ser ativo que concebe, prepara e executa o próprio trabalho. A tarefa do professor consiste em dirigi-lo, sugerir-lhe idéias úteis e auxilia-los quando necessário.
Passado meio século, volta-se a falar hoje de projetos, contudo ressignificados, numa perspectiva curricular crítica, que inclui o contexto social onde o aluno está inserido.
Para o autor, a essência da tarefa de educar encontra-se em tornar os conhecimentos científicos compreensíveis para a consciência da criança, em dar-lhes forma de experiência viva e pessoal.
A concepção de Projetos parte do princípio de que a aprendizagem não é fruto apenas de uma acumulação de novos conhecimentos aos esquemas de compreensão dos estudantes e sim de uma reestruturação desses esquemas, a partir do estabelecimento de relações entre os conhecimentos que já possuem e os novos conhecimentos com os quais se defrontam. O que se pretende é que os alunos consigam ir aprendendo a organizar seus próprios conhecimentos e estabelecer relações, utilizando-se dos novos conhecimentos para enfrentar novos problemas e atuar no mundo. (HERNANDEZ; MONTSSERRAT, 1998).
A partir disso, podemos apontar que os projetos são um dos modos de organizarmos o ato educativo de forma globalizada e que a pesquisa da realidade escolar, a participação do aluno e professor é fundamental. Por isso para HERMANDEZ (1998), os Projetos, denominados pelo autor de Projetos de Trabalho, podem ser caracterizados:
-Parte de um tema ou de um problema negociado com a turma.
-Inicia-se um processo de pesquisa.
-Buscam-se e selecionam-se fontes de informação.
-Recolhem-se novas dúvidas e perguntas.
-Estabelecem-se critérios de ordenação e de interpretação das fontes.
-Estabelecem-se relações com outros problemas.
- Representa-se o processo de elaboração do conhecimento que foi seguido.
Recapitula-se (avalia-se) o que se aprendeu. Conecta-se com um novo tema ou problema.
Cabe-se ressaltar que os Projetos não tem um esquema único. Nem sempre os Projetos tem a mesma estrutura, pois este dependerá do tipo de problema que está sendo proposto.
A denominação Projetos de Trabalho refere-se a duas questões: primeiro “projeto”, para Hernandez, implica num processo não acabado, em que um tema, uma proposta, esboça-se, refaz-se se relaciona, explora-se e se realiza.
A noção de “trabalho” provém de Dewey e Freinet e de sua idéia de conectar a escola com o mundo fora dela. Ambos os conceitos colocam o aluno e o docente na busca da rede de interações que conecta o gênero humano consegue e o resto da biosfera. (HERNANDEZ, 1998).
Durante as leituras sugeridas pela interdisciplina de Didática, muitas dúvidas surgiram durante a realização desta atividade. Enquanto fazíamos o PA no Seminário Integrador já podíamos perceber as diferenças do método de Projetos segundo os autores citados com os PAS que estávamos realizando e principalmente com Ensino por Projetos onde o tema é de autoria da coordenação pedagógica, professores, satisfazendo a seqüência de conteúdos do currículo escolar, as regras são impostas pelo sistema e o paradigma é transmitir conhecimento e o professor é o agente.
O trabalho com PAS, nos levou a encontrar a possibilidade de levar o aluno a construir o conhecimento, onde ele é o agente do processo de Aprendizagem. Os alunos como agentes, levantam suas certezas provisórias e suas dúvidas temporárias. Durante a pesquisa, da indagação, da investigação, na troca de informações, muitas certezas transformam-se em dúvidas e muitas dúvidas tornam-se certezas.
O tema do Projeto parte da curiosidade dos alunos, individual ou cooperativo. O contexto surge da realidade do aluno onde o mesmo irá satisfazer suas curiosidades, seus desejos, suas vontades.
O projeto vai criando corpo, estrutura conforme vai se desenvolvendo, não há uma norma ou um esqueleto que determina a direção que o mesmo deve seguir.
As regras do Projeto vão surgindo de acordo com as necessidades e definidas pelo grupo. O professor assume o papel de orientador e problematizador, aquele que instiga a curiosidade dos alunos.
Chegando ao término do curso de pedagogia é que pude de fato compreender os modelos de ensino por projetos citados nesta reflexão.




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sábado, 11 de setembro de 2010

MODELOS DE LETRAMENTO

PRÁTICA DE LEITURA, ESCRITA E ORALIDADE NO CONTEXTO SOCIAL.

Relendo o texto, MODELOS DE LETRAMENTO E AS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NA ESCOLA, (Kleimam, 2006), compreende-se que a autora afirma que a escola sendo a mais importante agência de letramento, não se preocupa com o letramento social e sim apenas com um tipo de letramento, o escolar.
Os eventos de letramento acontecem nos mais diversos espaços sociais nos quais se realizam práticas discursivas letradas, que demandam qualquer nível de familiaridade com a escrita.. Assim a escola é uma das agências de letramento, aquela à qual se atribui o papel de “Introduzir formalmente os sujeitos no mundo da escrita”. Entretanto, Kleiman (1995c, p.20) destaca que a escola “preocupa-se não com o letramento, prática social, mas com apenas um tipo de letramento, a alfabetização, o processo de aquisição de códigos, o que leva a escola a alcançar sua promoção”.
Como há diferentes concepções de letramento sustentado as práticas de uso da escrita na escola, Kleiman apresenta as duas concepções postuladas por Street (1984) denominados: Modelo Autônomo e Modelo ideológico.
O Modelo Autônomo, predominantemente em nossa sociedade parte do princípio de que, independente do contexto de produção, a língua tem uma autonomia, que só pode ser aprendida por um único processo, normalmente associado ao sucesso e desenvolvimento próprios de grupos mais civilizados.
A escola tradicional sempre pautou o ensino pela progressão ordenada de conhecimento: aprender a falar a língua dominante, assimilar as normas ao sistema de escrita para um dia fazer uso desse sistema em formas de manifestações previsíveis e valorizadas pela sociedade. Em síntese, uma prática reducionista e autoritária; uma metodologia etnocêntrica que pela desconsideração do aluno mais se presta o quadro do fracasso escolar.
O Modelo Ideológico admite a pluralidade das práticas letradas, valorizando o seu significado cultural e contexto de produção, rompendo definitivamente com a divisão entre o “momento de aprender” e o “momento de fazer uso da aprendizagem”; os estudos lingüísticos propõem entre “descobrir a escrita” (compreensão das regras e modos de funcionamento) e “usar a escrita” (cultivo de suas práticas a partir de um referencial culturalmente significativo para o sujeito).
O letratamento e alfabetização, segundo alguns autores: Kleiman,1995; Freire,1980; Oliveira, 1994; Heath,1982,1983; Matencio, 1994;Gee,1990; Street,1984, não mais enfocam o letramento como fenômeno social e a construção da escrita como fenômenos universais, responsáveis pelo progresso, a civilização, o acesso ao conhecimento.
As práticas escolares passam então a ser apenas um tipo de prática social de letramento, que embora continue sendo um tipo dominante desenvolvendo apenas algumas capacidades.
As escolas tal como a conhecem é fruto de uma história bastante longa de letramento e cultura da escrita, assumindo o papel de transferir à população a “tecnologia” letrada, ou seja, a escrita alfabética, tornando-se difícil desfazer essa ideologia em curto prazo de tempo.

Alfabetização- Disciplina de Didática

ALFABETIZAÇÃO-Disciplina de didática, Planejamento e Avaliação.

Rebuscando o texto de ALFABETIZAÇÃO E A PEDAGOGIA DE EMPODERAMENTO POLÍTICO de Henri A Giroux estudados na interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação onde o Mestre Paulo Freire trata do conceito de Alfabetização com muita convicção, salientando a emancipação do indivíduo e não como uma forma mecânica de decifrar código totalmente descontextualizado.
Nas obras de Freire fica tudo muito claro a não necessidade de metodologias específicas, mas considerar o contexto do indivíduo para que a alfabetização aconteça.
Portanto a alfabetização deve possibilitar no indivíduo a capacidade de ver o mundo com espírito crítico, saber argumentar tirar suas próprias conclusões e perceber que a sociedade é um processo em constante transformação.
O papel da educação é formar cidadãos capazes de exercer sua autonomia.
Freire aponta o diálogo como condição fundamental no processo de alfabetização, pois são através das falas dos alunos que se podem perceber suas expressões culturais.
O autor no texto coloca que “o pedagógico torne-se mais político e o político mais pedagógico o mesmo trata da alfabetização e da pedagogia para o empoderamento. Segundo professora Anézia,” o sentido do poder é essencialmente social, pois uma pessoa se fortalece quando o seu ser social supera o ser individual. Isso se torna possível quando o homem tiver reconhecido e organizado suas próprias forças como forças sociais de tal modo que a força social não mais se separe dele na forma política, assim a emancipação humana será possível, ela se dá por meio da transformação da sociedade que oprime.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

tecendo conceitos

1 aLFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Pensar em Alfabetização e letramento é remeter-se a diversas fronteiras as quais se delineiam conceitos recentes que chega ao Brasil na década de 80 de acordo com Soares (2004). Na visão da autora acima citada a invenção do letramento surge a partir da necessidade “de reconhecer e nomear práticas sociais de leitura e de escrita mais avançadas e complexas que as práticas do ler e escrever resultantes da aprendizagem do sistema de escrita’’(2004, p. 6).
Alfabetizar é permitir o acesso ao mundo da leitura e da escrita, dando condições ao sujeito de ser capaz de ler e escrever, decodificar e codificar, bem como fazer uso adequado da linguagem escrita conforme menciona Soares:

Alfabetização é dar acesso ao mundo da leitura. Alfabetizar é dar condições para que o indivíduo-criança ou adulto - tenha acesso ao mundo da escrita, tornando-se capaz não só de ler e escrever, enquanto habilidades de decodificação e codificação do sistema da escrita, mas, e, sobretudo, de fazer uso real e adequado da escrita com todas as funções que ela tem em nossa sociedade e também como instrumento na luta pela conquista da cidadania plena, (1998, p.33).

Fazer o uso da leitura e da escrita, isto é aprender a ler e a escrever levam os sujeitos a vários aspectos, sendo o social, cultural, cognitivo, lingüístico entre outros, transformando a vida do sujeito. Segundo Freire (1983, p.49) “alfabetizar-se é adquirir uma língua escrita através de um processo de construção do conhecimento com uma visão crítica da realidade”.


1.1 aLFABETIZAÇÃO E SUA FUNÇÃO SOCIAL








2 aSPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA
2.1 TIPO DE ESTUDO
Esta pesquisa caracterizou-se em bibliográfica, descritiva, qualitativa. Para André e Lüdke (1986), é descritiva por se mostrar materiais ricos em descrições, de pessoas, de situações, depoimentos, acontecimentos, citações para fins de afirmação. É descritiva de acordo com Triviños (1987) pela descrição do fenômeno pesquisado, mas também pela explicação e compreensão de sua totalidade.
A pesquisa qualitativa, conforme André e Lüdke (1986), supõe o contato direto e prolongado com o ambiente e a situação investigada, através de intensivo trabalho de campo.
2.2 População e Amostra
Esta pesquisa realizou-se a partir dos sujeitos pesquisados da Escola Estadual de Educação Básica Governador Jorge Lacerda, localizada no município de Torres – RS, sendo com vinte (20) estudantes de 2º ano da Turma 212 do Ensino Fundamental, turno da tarde. Esta turma é composta por nove (9) meninas e onze (11) meninos.
A Escola Estadual de Educação Básica Governador Jorge Lacerda foi fundada em 1959, se encontra localizada no centro da cidade de Torres, Rua Almirante Barroso nro. 200, próximo a Praça da Igreja Matriz Santa Luzia e a três quadras da praia grande.
No que refere-se ao espaço físico, a escola é considerada de grande porte, o prédio é próprio da instituição e está em bom estado de conservação e limpeza de suas dependências. Possui quadra de esporte ao ar livre, onde acontece, além das aulas de educação física, eventos e projetos da escola. A biblioteca conta com acervo bibliográfico considerado adequado ao atendimento da comunidade escolar.
A escola possui 25 salas de aula, sala de reforço, sala de recursos, sala para supervisão e orientação escolar, vice-direção, direção, secretaria ampla, auditório, laboratório de ciências, refeitório, cozinha e banheiros. O laboratório de informática está em processo de organização sem prazo definido para funcionamento, pois os computadores que existiam estão totalmente sem condições de uso.
Atualmente a escola atende a 1.121 alunos no total das várias mondalidades. No ensino Médio (EJA) são 143 alunos; Ensino Médio regular, 294 alunos; Ensino Fundamental - 9anos 148 alunos; Ensino Fundamental – 8 anos, 523 alunos; Educação para surdo nível Ensino médio, 13 alunos.
O quadro docente é composto por 75 professores. E o de funcionários são; 4 secretários; 3 monitoras; 5 serventes; 4 merendeiras. Responde pela direção da escola a professora Rita de Cássia, vice direção do turno da tarde a professora Cleusa Munari, pelo turno da manhã a professora Lisiane e do turno da noite a professora Carla Trindade.
O critério utilizado para esta escolha foi devido ao fato de ser a pesquisadora a professora desta turma e estar sempre presente no ambiente escolar e assim percebendo que deveria inovar a sua prática, começando com seus alunos em sala de aula, desta forma a amostra foi simples e intencional. Uma amostra intencional consiste em identificar e selecionar uma amostra que possibilite a obtenção de informações necessárias ao desenvolvimento da pesquisa, sendo que os sujeitos que participaram da prática foram selecionados em função de serem alunos da pesquisadora, indicando ser desnecessário colocar mais sujeitos.

5.3 Coleta de dados
Durante a pesquisa foi utilizado os seguintes instrumentos: primeiramente observações seguidas de atividades práticas. As observações aconteceram no decorrer das aulas, em um período de 180 horas. Segundo André (2001, p. 37-38), o “observador não pretende comprovar teorias nem fazer ‘grandes’ generalizações.” Salienta ainda o mesmo que, “o que busca, sim, é descrever a situação, compreendê-la, revelar os seus múltiplos significados, deixando que o leitor decida se as interpretações podem ou não ser generalizáveis, com base em sua sustentação teórica e sua plausibilidade”.
As práticas começaram no dia 12 de abril do corrente ano, com a intenção de aplicar a metodologia de Projetos de Aprendizagens.


3 apresentação, análise e discussão dos dados
Esta fase de pesquisa tem por objetivo apresentar, analisar e discutir os dados coletados a partir de (20) estudantes de 2º ano da Turma 212 do Ensino Fundamental, turno da tarde. Esta turma é composta por nove (9) meninas e onze (11) meninos da Escola Estadual de Educação Básica Governador Jorge Lacerda, localizada no município de Torres – RS, sobre o tema de pesquisa ensinar e aprender com projetos de aprendizagens.
3.1 Trabalhando com projetos de aprendizagens
Partindo das curiosidades dos alunos, permite que eles aprendam de forma interdisciplinar, os diversos conteúdos do interesse dos alunos aparecem naturalmente, onde professor somente guia, dirige, orienta, abre alas para os alunos irem em frente, professor e alunos aprendem juntos.
Com essa proposta pude trabalhar sem fronteiras. Um grupo pode estar apenas nas dúvidas e certezas provisórias enquanto o outro avançando disparada mente.
Durante o desenvolvimento do PA aconteceram mudanças importantes, muitas outras dúvidas surgiram e novas buscas aconteciam.
5.1.1 Primeira Trilha
Para aguçar a curiosidade dos alunos foram colocadas várias revistas “Ciências” para que eles selecionassem algo que achassem interessante para conversar com os colegas do grupo, não demorou muito tempo para que os estudantes buscassem a liberdade nos manuseios das devidas revistas. Passaram algum tempo folhando as revistas, alguns já dominam a leitura outros liam as imagens, enfim todos ficaram envolvidos com a atividade.
Enquanto os alunos trocavam idéias, foi colocada uma caixa onde estava escrito “Baú das curiosidades”, o que chamou a atenção da turma. A curiosidade foi tanta que eles queriam saber o que tinha dentro do tal Baú das curiosidades. E assim começou a conversa sobre projetos de aprendizagens. A professora pesquisadora falou que dentro do Baú deveriam ir todas as perguntas curiosas que eles gostariam de fazer para depois todos começarem um trabalho muito interessante sobre elas. Os alunos comentaram oralmente sobre as perguntas encontradas nas revistas, outros fizeram perguntas viáveis e outras muito difíceis, entre elas como surgiu à vida na terra, como apareceu o sol e a lua, por que a água do mar é salgada? Após foi pedido a eles que escrevessem suas perguntas e colocassem dentro do baú das curiosidades. Não era esperado que surgissem tantas perguntas escritas por eles, mas cada um foi escrevendo sua pergunta, e ao mesmo tempo criando hipóteses sobre a escrita, procurando junto aos colegas e a professora as letras que faltavam para escrever o que queriam.
Durante a elaboração das perguntas foram feitas várias observações sobre o emprego da letra maiúscula no início da frase e o ponto de interrogação no final da pergunta. Durante o PA, foi possível desenvolver os conteúdos do plano de curso da série, os mesmos vão surgindo espontaneamente e os alunos descobrem a necessidade do emprego e dão sentido ao trabalho que estão realizando.
5.1.2 Apresentação das primeiras aulas com projetos de aprendizagens
Em primeiro (1) de junho de 2010 a aula foi iniciada com todos os alunos sentados no piso em cima de um tapete organizadamente em círculo. A atividade proposta era observar as gravuras, sendo que uma mostrava um menino que escolhera as plantas como tema de estudo, outra uma menina cuidando dos animais e reconhece bem as funções de um veterinário e outra um menino que se encanta ao explorar a astronomia. (gravuras retiradas da revista Nova Escola janeiro/fevereiro de 2006, pág.51 e 53). Após os alunos passaram a relatar o que liam nas gravuras, já que estavam todos muito entusiasmados foi solicitado à turma se quisessem fazer mais algumas perguntas para acrescentar no baú poderiam fazê-lo.
Surgiram muitas outras questões que foram colocadas no Baú. A seguir foram abrindo cada uma e eles colando as mesmas uma a uma no painel coletivo que deram o nome de “Nossas Dúvidas” e depois leram oralmente cada uma e os grupos fizeram suas escolhas que ficaram assim distribuídas:
Grupo Força G; Rafael, Ilan, Pietra, Marlon, Cristiano e Hendrick com a pergunta: Desde quando que acontece a copa do mundo?
Grupo Rolinha; Ana, Gisele, Débora, William, Weslei e Monique com a pergunta: Quando começou a primeira copa do mundo?
Grupo Beija-Flor; Eduarda, Rafael, Kaylane, Julia, Suelen, Maria Laura e Rafaela com a pergunta: De onde vem a gelatina?
Todos os alunos estavam entusiasmados para começar um trabalho sobre as perguntas escolhidas, porém dois grupos tinham a mesma opção, decidiram ficar distribuídos em grupos menores. Para tanto que esta aula teve seu objetivo alcançado, partindo do principio que os alunos apresentaram autonomia e entusiasmo na elaboração de perguntas através da linguagem oral e linguagem escrita, além de efetivas participações e colaborações junto ao seu grupo.
No dia seguinte, dia 2 de junho de 2010, após a rotina diária; oração espontânea e canção de boas vindas. Os alunos colocaram-se em forma de círculo todos sentados no tapete para conversar sobre o PA, sanar as dúvidas e ouvir quais são os passos que eles iriam tomar para buscarem o que eles queriam saber. Alguns alunos disseram que não sabiam onde buscar informações, outros já trouxeram várias anotações que pesquisaram na internet, outros encontraram na revista Nova Escola. Teve um aluno que trouxe vários folder com a tabela de jogos da copa do mundo, África do Sul 2010 e o grupo da gelatina trouxeram informações bastante ampla sobre o assunto. Todo o material foi colocado dentro do blog do grupo que eles mesmos criaram no decorrer desta aula.
Todos os alunos contribuíram com suas descobertas no trabalho coletivo. Foi observado que eles aprenderam a ouvir o colega e respeitar as normas de convivência, além de ler e escrever novas palavras, frases e textos de acordo com seu nível durante as pesquisas realizadas.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

TECENDO CONCEITOS

TECENDO CONCEITOS

Durante esta semana foi possível criar um novo pbwork através da comunicação virtual, via MSN, com a ajuda da prof ª. Nádie e a Prof.ª Roberta, ao quais as mesmas se colocaram a disposição para me orientar passo a passo para criar a pasta do pbwork do TCC. E também as mesmas serão minhas administradoras até o encerramento do Trabalho de Conclusão de Curso.
Procurei ler vários modelos de TCC, além dos indicados pelo seminário integrador.
Os conceitos que pretendo dar ênfase dentro são: LETRAMENTO-ALFABETIZAÇÃO-ENSINAR E APRENDER;
A fundamentação teórica entre eles: MAGDA SOARES, PAULO FREIRE, EMÍLIA FERREIRO.
Neste momento estou me dedicando a buscar informações sobre os conceitos citados nos textos de Magda Soares-Letramento e Alfabetização: as muitas facetas; Na dissertação da DRª Nádie C. Machado-letramento; Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à pratica educativa.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Novo tema tcc

INTRODUÇÃO
A nova sociedade que se apresenta, faz com que o profissional atuante na área educacional busque formas de inovar-se diante de tantas informações e frente da então chamada sociedade do conhecimento. Este inovar-se leva-a muitos caminhos, sendo que estes exigem do professor(a) uma busca constante em suas práticas educacionais entrelaçando-os com as diversas concepções teóricas que mais se enquadram no seu quefazer.
As metodologias de
As incertezas que se apresentam no cotidiano em sala de aula leva o educador a questionar as metodologias aplicáveis nas práticas educacionais, sabendo que ensinar exige esforços por compreender que se trabalha em sala de aula com uma diversidade cultural, bem como social e local. Frente a tantos questionamento no quefazer do professor(a) surge o problema: como ensinar e aprender com projetos de aprendizagens com alunos do segundo ano do ensino fundamental?
Objetivos Geral:
Compreender como ensinar e aprender com projetos de aprendizagens com alunos do segundo ano do ensino fundamental da Escola Estadual de Educação Básica Governador Jorge Lacerda.

Objetivos específicos:

Investigar o que significa ensinar e aprender;
Verificar a alfabetização e sua função social;
Identificar as diferenças de alfabetização e letramento;
Analisar a aprendizagem com projetos de aprendizagens.

Para iluminar esta caminhada buscou-se amparo nas seguintes questões norteadoras:
Qual é o conceito de ensinar e aprender?
O que é alfabetização e sua função social?
Qual é a diferença de alfabetização e letramento?
Como se dá a aprendizagem com projetos de aprendizagens?

TEMA DO TCC

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Inicie os registros do trabalho de conclusão de curso com a seguinte tema:

ALFABETIZAÇÃO COM PROJETOS DE APRENDIZAGENS.

Problemática: Como trabalhar com alunos em processo de alfabetização?

Objetivo geral: Compreender como trabalhar comPAs com alunos do 2º ano do Ensino Fundamental.

Objetivo Específico: Verificar a metodologia de PAS.

Analisar a alfabetização e sua função.

Identificar as diferenças de alfabetização e letramento.

Questões norteadoras:

Quais as metodologias dos PAS?

O que é a alfabetização e sua função social? Qual a diferença de alfabetização e letramento.

Após muita leitura e retomando o relatório do estágio encontrei necessidade de reavaliar o tema bem como os objetivos que pretendo com o TCC.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

RELATORIO ESTAGIO 2010

PÓLO DE TRÊS CACHOEIRAS







RELATÓRIO DO ESTÁGIO

ELAINE FATIMA SERENA LAZZAROTTO

Marie Jane Soares Carvalho
Supervisor (a) do Estágio
Juliana Machado
Tutor (a) do Estágio









Julho/2010
SUMÁRIO




CONSIDERAÇÕES INICIAIS 04

1. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO EM RELAÇÃO À EDUCAÇÃO BÁSICA
05
2. SÍNTESES DO PROJETO DE ESTÁGIO 06
3. RELATO REFLEXIVO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 08
3.1. MINHAS CERTEZAS E DÚVIDAS TEMPORÁRIAS 08
3.2. REINICIANDO OS PAS 08
3.3. PRIMEIRA TRILHA 09
3.4 APRESENTAÇÃO DAS PRIMEIRAS AULAS COM PROJETOS DE APRENDIZAGENS. 10
4. RELATO-SÍNTESE DOS PROJETOS/ATIVIDADES/TEMÁTICAS 12
4.1. ATUAÇÃO DOS ALUNOS DURENTE O DESENVOLVIMENTO DO PAS 13
4.2. APRENDIZAGENS DA PROFESSORA-ALUNA 14

CONSIDERAÇÕES FINAIS 17

SONHOS PARA O FUTURO 18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19









“Não cobiço nem disputo os teus olhos
Não estou nem sequer à espera que me deixes ver através dos teus olhos
Nem sei tampouco se quero ver o que vêem os teus olhos
Nada do que possas ver me levará a ver e a pensar contigo
Se eu não for capaz de aprender a ver pelos meus olhos e a pensar comigo
Não me digas como se caminha e por onde é o caminho
Deixa-me simplesmente acompanhar-te quando eu quiser
Se o caminho dos teus passos estiver iluminado
Pelas mais cintilantes das estrelas que espreitam as noites e os dias
Mesmo que tu me percas e eu te perca
Algures na caminhada certamente nos encontraremos
Não me expliques como deverei ser
Quando um dia as circunstancia quiserem que eu me encontre
No espaço e no tempo de condições que tu entendes e dominas
Semeia-te como és e oferece-te simplesmente à colheita de todas as horas
Não me prendas as mãos
Não faças delas instrumento dócil de inspirações que ainda não vivi
Deixa-me arriscar o molde talvez incerto
Deixa-me arriscar o barro talvez impróprio
Na oficina onde ganham forma e paixão todos os sonhos que antecipam o futuro
E não me obrigues a ler livros que ainda não sou capaz de interrogar
Protege-me das incursões obrigatórias que sufocam o prazer e a descoberta e com silêncio (intimamente sábio) das tuas palavras e dos gestos
Ajuda-me serenamente a ler e a escrever a minha própria vida”

Rubem Alves







CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Estou concluindo o 8º semestre do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na modalidade à distância – pólo Três Cacgoeiras, resido no município de Torres - RS, na Rua Pará, nº. 293, centro.

Concluí o Ensino de 2º Grau com habilitação para o Magistério, outorgando-me o direito à docência de 1ª à 4ª série do Ensino de 1º grau. Ingressei no magistério público Municipal no ano 1976, onde trabalhei com classes multiseriadas, tendo que responder pela direção da escola, merenda para os alunos e inclusive a limpeza da mesma.

No ano de 1983 ingressei no Magistério Público Estadual através de concurso público com a carga horária de 20 horas semanais, no qual atingi um tempo de efetivo exercício no cargo de professor equivalente há 27 anos.

Atualmente estou lotada como professora na Escola Estadual de Educação Básica Governador Jorge Lacerda no município de Torres, localizada na Rua Almirante Barroso, nº. 200, próximo a Igreja Matriz e da Praia Grande, uma das principais da cidade, ou seja bem no centro do município.

Atuo com uma turma de 2º ano, ensino fundamental de 9 anos, onde realizei as horas de estágio do curso.







1. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO EM RELAÇÃO À EDUCAÇÃO BÁSICA
Sabe-se que a escola é um espaço vivo, de profunda socialização, onde atuam pessoas com histórias diversas e culturas variadas, no qual a Escola Estadual de Educação Básica Governador Jorge Lacerda, localizada no município de Torres - RS, fundada no ano de 1959, não difere das demais; encontram-se inseridos neste contexto alunos filhos de profissionais liberais, pequenos empresários, comerciantes e também filhos de catadores de material reciclável, operários de obras e de famílias inteiras desempregadas.

Para a escola o desafio é criar condições para manter o vínculo das crianças com a escola, possibilitando assim uma expectativa de um futuro melhor.

A Escola Estadual de Educação Básica Governador Jorge Lacerda, está localizada numa área central da cidade de Torres, Rua Almirante Barroso, número 200, próximo a Praça da Igreja Matriz Santa Luzia e a três quadras da praia grande.

No que refere-se ao espaço físico, a escola é considerada de grande porte, o prédio é próprio da instituição e está em bom estado de conservação e limpeza de suas dependências. Possui quadra de esporte ao ar livre, onde acontece, além das aulas de educação física, eventos e projetos da escola. A biblioteca conta com acervo bibliográfico considerado adequado ao atendimento da comunidade escolar.

A escola possui 25 salas de aula, sala de reforço, sala de recursos, sala para supervisão e orientação escolar, vice-direção, direção, secretaria ampla, auditório, laboratório de ciências, refeitório, cozinha e banheiros. O laboratório de informática está em processo de organização sem prazo definido para funcionamento, pois os computadores que existiam estão totalmente sem condições de uso.
Atualmente a escola atende a 1.121 alunos no total das várias mondalidades. No ensino Médio (EJA) são 143 alunos; Ensino Médio regular, 294 alunos; Ensino Fundamental - 9anos 148 alunos; Ensino Fundamental – 8 anos, 523 alunos; Educação para surdo nível Ensino médio, 13 alunos.

O quadro docente é composto por 75 professores. E o de funcionários são; 4 secretários; 3 monitoras; 5 serventes; 4 merendeiras. Responde pela direção da escola a professora Rita de Cássia, vice direção do turno da tarde a professora Cleusa Munari, pelo turno da manhã a professora Lisiane e do turno da noite a professora Carla Trindade.



2. SÍNTESE DO PROJETO DE ESTÁGIO

A metodologia teórica que embasou o projeto de estágio foram as estudas nas interdisciplinas do curso de graduação em pedagogia , saliento aqui aqueles estudiosos da educação que me fizeram repensar o meu fazer pedagígico como Jean Piaget, Paulo Freire, Marie Jane Carvalho, Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Menezes.

O objetivo maior do meu estágio era aplicar o método de Projetos de Aprendizagens, que acredito que proporciona ao educando a vivência e a experiência, tornando a aprendizagem significativa, uma vez que considera o aluno o construtor da aprendizagem. Assim podemos apontar que os projetos são um dos modos de organizarmos o ato educativo de forma globalizada e que a pesquisa da realidade escolar, a participação do aluno e do professor é fundamental.
Sobre essa metodologia Nevado, Carvalho e Menezes, afirmam:
Entende-se que a possibilidade inovadora da proposta se viabilizará na medida do abandono, pelos docentes do Curso e pelos próprios alunos-professores, da idéia de “domínio” sobre seus respectivos campos de saber e sobre seus espaços próprios de atuação e na disponibilidade de cada um e de todos em compreender as perspectivas da inter-comunicabilidade dos saberes e atuar interdisciplinarmente.

Entendi que trabalhar o cotidiano infantil dentro de uma concepção tradicional de educação, onde as respostas são dadas prontas, sem reflexão e sem ação, sem discussão, sem um sentido, a prática pedagógica torna-se vazia, sem ampliar o desejo de saber mais, de ir além do espaço da sala de aula, compromete assim a construção do desenvolvimento cognitivo e, sobretudo do sujeito.

Uma vez que a classe a ser trabalhada era de alfabetização buscamos em
Freire (1983, p. 49) que nos esclarece que:
alfabetizar-se é adquirir uma língua escrita através de um processo de construção do conhecimento com uma visão crítica da realidade. A criança é o sujeito do processo educativo, não havendo dicotomia entre o aspecto cognitivo e afetivo, mas uma relação dinâmica, prazerosa, dirigida para o ato de conhecer o mundo.

Desta forma, busquei propor atividades que desencadeassem reflexões sobre a forma como a língua escrita se organiza para produzir diferentes significados. Transversalmente foram abordados valores e saberes como produto da construção e reconstrução histórica dos seres humanos, além da compreensão e respeito ao multiculturalismo, gênero e meio ambiente. Os objetivos abordados com a turma de segundo ano estão relacionados com alfabetização e letramento.

Para Magda Soares, 1998, p.33:
Alfabetização é dar acesso ao mundo da leitura. Alfabetizar é dar condições para que o indivíduo-criança ou adulto - tenha acesso ao mundo da escrita, tornando-se capaz não só de ler e escrever, enquanto habilidades de decodificação e codificação do sistema da escrita, mas, e, sobretudo, de fazer uso real e adequado da escrita com todas as funções que ela tem em nossa sociedade e também como instrumento na luta pela conquista da cidadania plena.

Vale lembrar que a criança de hoje nasce junto com a explosão tecnológica, por essa razão não encontramos crianças e adolescentes que resistam o enfrentamento do desconhecido em informática. Todos gostam de aprender e usar os diferentes ambientes virtuais com agilidade e destreza, demonstrando muita autonomia.








3. RELATO REFLEXIVO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
3. 1 MINHAS CERTEZAS E DÚVIDAS TEMPORÁRIAS

Eu acreditava que alunos de 2º ano não tinham condições de trabalhar com a metodologia de Projetos de Aprendizagens.
As práticas começaram no dia 12 de abril do corrente ano, com a intenção de aplicar a metodologia de Projetos de Aprendizagens. Iniciamos com as perguntas curiosas dos alunos, de onde surgiram várias perguntas e a pergunta eleita foi: “De onde vem a folha de desenho?” O trabalho de pesquisa aconteceu de maneira bastante tradicional, os alunos foram orientados e motivados a seguir minhas ordens e eu não proporcionando a eles a andarem por si, com autonomia na busca de respostas às suas curiosidades. Ainda não acreditava que alunos em fase de alfabetização pudessem escrever suas certezas provisórias e suas dúvidas temporárias e por essa razão eu escrevia por eles, no quadro, nos cartazes. Ao mesmo tempo buscava textos prontos relacionados ao tema. As atividades eram dirigidas. Quando me dei por conta que nada de novo estava acontecendo em nossa sala de aula, é que procurei repensar minha prática e reiniciar novos Projetos de Aprendizagens, onde pretendo descrever a seguir.

3.2. REINICIANDO OS PAS

Partindo das curiosidades dos alunos, permite que eles aprendam de forma interdisciplinar, os diversos conteúdos do interesse dos alunos aparecem naturalmente, onde professor somente guia, dirige, orienta, abre alas para os alunos irem em frente, professor e alunos aprendem juntos.
Com essa proposta pude trabalhar sem fronteiras. Um grupo pode estar apenas nas dúvidas e certezas provisórias enquanto o outro avançando disparada mente.
Durante o desenvolvimento do PA aconteceram mudanças importantes, muitas outras dúvidas surgiram e novas buscas aconteciam.

3.3.-PRIMEIRA TRILHA
Para aguçar a curiosidade dos alunos coloquei uma pilha de revistas “Ciências” para que os alunos em grupo manuseassem as mesmas e selecionassem algo que achassem interessante para conversar com os colegas do grupo. Passaram algum tempo folhando as revistas, alguns já dominam a leitura outros liam as imagens, enfim todos ficaram envolvidos com a atividade.
Após algum tempo, enquanto trocavam idéias, coloquei uma caixa onde estava escrito “Baú das curiosidades”, o que chamou a atenção da turma.
Logo alguns alunos queriam saber o que tinha dentro do tal Baú das curiosidades. E assim começou a conversa sobre projetos de aprendizagens. Falei que dentro do Baú deveriam ir todas as perguntas curiosas que eles gostariam de fazer para depois a gente começar um trabalho muito interessante sobre elas. Os alunos comentaram oralmente sobre as perguntas encontradas nas revistas, outros fizeram perguntas viáveis e outras muito difíceis, entre elas como surgiu à vida na terra, como apareceu o sol e a lua, por que a água do mar é salgada? Após pedi a eles que escrevessem suas perguntas e colocassem dentro do baú das curiosidades. Confesso que não esperava tantas perguntas escritas por eles, mas cada um foi escrevendo sua pergunta, e ao mesmo tempo criando hipóteses sobre a escrita, procurando junto aos colegas e a professora as letras que faltavam para escrever o que queriam.
Durante a escrita das perguntas foram feitas várias observações sobre o emprego da letra maiúscula no início da frase e o ponto de interrogação no final da pergunta. Durante o PA, foi possível desenvolver os conteúdos do plano de curso da série, os mesmos vão surgindo espontaneamente e os alunos descobrem a necessidade do emprego e dão sentido ao trabalho que estão realizando.
Uma aluna no início da atividade da escrita demonstrou insegurança chorando e dizendo que não sabia escrever, e no final aprendeu a compartilhar suas ansiedades com os colegas, buscando ajuda e assim formulando diversas perguntas que vieram a fazer parte do baú, satisfeita por ter conseguido realizar uma tarefa que até então se achava incapaz onde podemos perceber que neste momento esta aluna estava começando a desenvolver seus trabalhos com mais autonomia.

3.4. APRESENTAÇÃO DAS PRIMEIRAS AULAS COM PROJETOS DE APRENDIZAGENS
Em primeiro de junho todos sentados em círculo no chão iniciamos a aula, o objetivo era observas gravuras, uma mostrava um menino que escolhera as plantas como tema de estudo, outra uma menina cuidando dos animais e reconhece bem as funções de um veterinário e outra um menino que se encanta ao explorar a astronomia. (gravuras retiradas da revista Nova Escola janeiro/fevereiro de 2006, pág.51 e 53). Após os alunos passaram a relatar o que liam nas gravuras, já que estavam todos muito entusiasmados aproveitei e solicitei à turma se quisessem fazer mais algumas perguntas para acrescentar no baú poderiam fazê-lo.
Surgiram muitas outras questões que foram colocadas no Baú. A seguir fomos abrindo cada uma e eles foram colando uma a uma no painel coletivo que deram o nome de “Nossas Dúvidas” e depois leram oralmente cada uma e os grupos fizeram suas escolhas que ficaram assim distribuídas:
ü Grupo Força G; Rafael, Ilan, Pietra, Marlon, Cristiano e Hendrick com a pergunta: Desde quando que acontece a copa do mundo?
ü Grupo Rolinha; Ana, Gisele, Débora, William, Weslei e Monique com a pergunta: Quando começou a primeira copa do mundo?
ü Grupo Beija-Flor; Eduarda, Rafael, Kaylane, Julia, Suelen, Maria Laura e Rafaela com a pergunta: De onde vem a gelatina?
Todos os alunos estavam entusiasmados para começar um trabalho sobre as perguntas escolhidas, porém dois grupos tinham a mesma opção, decidindo ficarem distribuídos em grupos menores. A credito que nesta aula o objetivo foi plenamente alcançado já que os alunos apresentaram autonomia e entusiasmo na elaboração de perguntas através da linguagem oral e linguagem escrita, além de da efetiva participação e colaboraçao junto ao seu grupo.
No dia seguinte, após a rotina diária; oração espontânea e canção de boas vindas. Os alunos colocaram-se em forma de círculo todos sentados no tapete para conversar sobre o PA, sanar as dúvidas e ouvir quais são os passos que eles iriam tomar para buscarem o que eles queriam saber. Alguns alunos disseram que não sabiam onde buscar informações, outros já trouxeram várias anotações que pesquisaram na internet, outros encontraram na revista Nova Escola, um aluno trouxe vários folder com a tabela de jogos da copa do mundo, África do Sul 2010 e o grupo da gelatina trouxeram informações bastante ampla sobre o assunto. Todo o material colocado foi depositado dentro do blog do grupo.
Todos os alunos contribuira com suas descobertas no trabalho coletivo. Observei que passaram a saber ouvir o colega e respeitar as normas de convivência. Além de ler e escrever novas palavras, frases e textos de acordo com seu nível durante as pesquisas realizadas.









4. RELATO-SÍNTESE DOS PROJETOS/ATIVIDADES/TEMÁTICAS.
Nas séries iniciais um dos objetivos é levar os alunos à alfabetização, e a metodologia de PA, favorece para alcançar este objetivo, pois as crianças escrevem palavras que tem sentido para elas aonde a escrita e a leitura vão acontecendo de maneira espontânea e não de forma mecânica como aprendemos o B+A=BA.

Foi muito mais produtiva as aprendizagens dos alunos a partir da aplição dos PAS. Os conteúdos como países, continentes e oceanos e mapa mundi já fazem parte do vocabulário dos alunos de 2º ano do Ensino Fundamental. Durante o desenvolvimento deste trabalho pude contar com o envolvimento das famílias dos educandos, fazendo com que eles também participassem do processo de aprendizagem de seus filhos já que auxiliavam nas pesquisas.

Neste momento foi possível trabalhar mapas, legendas, tempo e espaço.

Em Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários a prática educativa, Paulo Freire diz:
“O educador que “castra” a curiosidade do educando em nome da eficácia da memorização mecânica do ensino dos conteúdos, tolhe a liberdade do educando, a sua capacidade de aventurar-se. Não forma, domestica” (pág. 63).
A autonomia a liberdade do educando tem que ser respeitada, caso contrário, o ensino tornar-se-á “inautêntico”, palavreado vazio e inoperante. (pág.69)
.
O que aprendi durante o período que apliquei o projeto de aprendizagem juntamente com as orientações da supervisão, acredito ter compreendido de fato sobre o que realmente é um projeto de aprendizagem onde o professor apenas deverá ser o orientador, que conduz os alunos, que instiga a sua curiosidade, que faz com a criança fique aguçada para buscar as suas perguntas curiosas.
Os projetos de Aprendizagens promovem o desenvolvimento das potencialidades decodificadoras da leitura e escrita usando a criticidade e interagindo no meio ao mesmo tempo em que estimula o desenvolvimento do raciocínio lógico sendo interativo nas situações cotidianas.
De certa forma, todas as teorias tem nos passado que compete ao professor oportunizar aos alunos condições de aprender, criar, resolver problemas e desafios, descobrir soluções, refletir, com autonomia e controle. Para que isto aconteça à metodologia por PAS, por mim experimentada durante o estágio comparando com as demais que utilizei ao longo dos anos, foi o metododo que mais se adequada para atender a estes conceitos até o presente momento.

4.1-ATUAÇÃO DOS ALUNOS DURANTE O DESENVOLVIMENO DOS PAs.
Com os PAS, os alunos passaram a interagir mais, discutindo nos grupos as possibilidades do tema, ou seja, da pergunta curiosa do grupo, realizaram um relato sobre o que já sabiam e o que queriam saber. No momento de escrever o que pensavam sobre a pergunta curiosa eles passaram a criar hipóteses sobre a escrita e buscavam respostas entre si em relação à codificação das palavras.
Outro fator importante a citar foi que os alunos passaram a organizam suas ações na busca de informações demonstradas através das distribuições de tarefas entre eles. Assim demonstraram autonomia nas decisões do grupo, passaram a serem construtores de conhecimentos.
O gosto pela leitura foi demonstraram pela classe amplamente, além da criatividade uma vez que eles mesmos criavam hipóteses sobre a escrita no qual a mesma surge espontaneamente sem a preocupação da codificação e decodificação. Tudo o que escreviam tinham significado para os alunos.




4.2-APRENDIZAGENS DA PROFESSORA-ALUNA
Os percalços encontrados durante o estágio me fizeram refletir ainda mais sobre minha prática pedagógica.

As razões que explicam minha resistência em não aplicar o PA no início do estágio tem relação com a forma como aprendi na minha trajetória escolar como estudante e também como professora de um longo período a mais de vinte e quatro anos de efetivo exercício no magistério.

Não se trata apenas de uma simples mudança, mas de modificar paradigmas e forma de ver a educação. Toda e qualquer mudança exige de cada um de nós muito preparo psicológico, muitas informações para que essas mudanças possam fluir positivamente.

Para que eu pudesse inovar minhas práticas foi essencialmente necessário me permitir que eu fosse capaz de inovar e deixar que meus alunos crescessem buscando sua autonomia através da confiança em si próprio.
A Metodologia Projetos de Aprendizagens começou a ser desenvolvido a partir da metade do estágio, quando acreditei que alunos não alfabetizados poderiam ler e escrever, produzindo seus textos e refletindo sobre a escrita. Foi necessário buscar os textos “Arquiteturas Pedagógicas” e “ “Educação à distância mediada pela internet”, para obter mais informações e fundamentação teórica sobre a metodologia de PAS, bem como assistência pedagógica da supervisão do estágio e tutoria.
A partir da decisão de iniciar os PAS, os planejamentos tomaram outros rumos. Permiti que o alunos tomassem as iniciativas de buscar o que queriam aprender a partir de suas perguntas curiosas, certezas provisórias e dúvidas temporárias. As dúvidas deles passavam então a ser as minhas também, passei a aprender junto com eles e a investigar também com eles.
Como disse Paulo Freire:
Quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar-aprender participamos de uma experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e com a seriedade.
Percebi que os conteúdos curriculares surgiam espontaneamente dentro do PAS e eram trabalhados interdisciplinariamente, de forma global. Anterior a esta prática eu era quem planejava e conduzia meus alunos para que eles agissem exatamente como eu queria que fizessem, não costumava dar espaço para que eles construíssem o conhecimento.
Costumava realizar meu planejamento por projetos de trabalho, onde eu selecionava os conceitos e procedimentos a serem feitos para atingir os objetivos elencados, mostrava aos alunos as fontes onde eles deveriam pesquisar. Ou seja, o planejamento era totalmente delineado para atingir um fim já determinado. Utilizando os PAs sabíamos apenas sobre a pergunta da partida, mas durante a trajetória apareciam muitos caminhos e assuntos que se interligavam e complementavam.
Esse fator foi o que mais me aguçou durante todo o período de estágio, a metodologia dos PAs principalmente com crianças em processo de alfabetização.
A metologia dos Projetos de Aprendizagem me instiga a questionar frequentemente: Como criar estratégias em sala de aula que possibilite o domínio do código escrito com o PA?
E ainda, como alunos não alfabetizados poderão ler e escrever suas certezas e dúvidas durante os PAs? E por fim: Como e onde eles vão buscar informações se não sabem ler e escrever?
Após algumas aulas no estágio decidi colocar em prática estas dúvidas onde as mesmas foram sendo testadas durante o desenvolvimento do PA com meus alunos.
Sendo assim é minha pretenção abordar este tema no Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, no qual acredito poder dar testemunho da minha própria experiência e relatar sobre a resistência em me permitir inovar, o resgate do meu desafio para contribuir com a construção do conhecimento com os PAs partindo da minha vivência.
















CONSIDERAÇÕES FINAIS
Numa escola crítica, criativa e construtiva, tanto o professor como os alunos são considerados sujeitos ativos no processo pedagógico, que se caracteriza por uma troca efetiva de experiências, na construção do conhecimento. De modo geral, o aluno é visto como alguém que depende do professor e do qual é esperada a assimilação passiva do conhecimento que lhe é transmitido. A formação continuada dos professores demonstra a necessidade de inovar o ensino, tornando as aulas mais práticas e produtivas, levando o aluno a sentir-se como construtor do conhecimento.
A dinâmica mundial se reflete constantemente no ensino, pois, a explosão tecnológica apresenta novas exigências a cada instante tanto a escola como professores devem estar acompanhando estas mudanças.
Os alunos necessitam cada vez mais de novas propostas metodológicas, para que sejam motivados e não esquecidos como sujeitos diretos das transformações que acontecem no mundo, pois são agentes responsáveis pelo futuro.
Não é tarefa fácil, pois são décadas de metodologias tradicionais, mas a participação e a evolução do ensino e a formação dos professores na área da educação caminha para o futuro, onde os PROJETOS DE APRENDIZAGENS começam a fazer parte permanente da prática pedagógica.





SONHOS PARA O FUTURO

Pretendo contribuir para a construção de uma sociedade em bases democráticas, onde a justiça social seja um bem de todos e de maneira qualitativa, desenvolvendo uma prática investigativa, reflexiva voltado para uma educação interdisciplinar e tendo como meta almejada o “APRENDER A APRENDER”.













REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, Marie Jane; NEVADO, Rosane Aragon de; MENEZES, Crediné SILVA de Educação à distância mediada pela internet: Uma abordagem Interdisciplinar na Formação de Professores em serviço.

CARVALHO, Marie Jane; NEVADO, Rosane Aragon de; MENEZES, Credine Silva de; “Arquiteturas Pedagógicas para a Educação à distância: Concepções e Suporte Telemático.

FERREIRO, E. Matéria Alfabetização e Cultura Escrita. Nova Escola, São Paulo, Abril, maio de 2003. p.27-30.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia Saberes necessários à prática educativa. 13 ed. Paz e Terra: São Paulo, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 13.ed. Paz e Terra: Rio de Janeiro, 1983.

SOARES, Magda. Letramento. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.










ANEXOS

Blog do grupo “Força G”...............................
..........................................
A
Texto dos alunos respondendo a nova........ questão
….......................................
B
Texto coletivo do grupo “Beija-Flor”.............
….......................................
C
Texto coletivo do grupo “Rolinha”.............
….......................................
D
Texto em letra de forma ..............................
….......................................
E
Mapas – legendas, tempo e espaço...........
….......................................
F
Mapas- legendas, tempo e espaço..............
….......................................
G
Texto Coletivo........... ..................................
….......................................
H
Texto coletivo – Grupo Rolinha ...................
….......................................
I
Trabalho dos alunos durante os Pas............
….......................................
J
Mapa da sala de Aula..................................
….......................................
K
Trabalho dos Alunos ..................................
….......................................
L
Blog do grupo da gelatina...........................
….......................................
M
Cores do Brasil durante PA.........................
..........................................
N
Foto da Escola ............................................
..........................................
O

















Anexo A
Blog do Grupo “Força G” - dentro deste blog eram colocados as produções dos alunos do grupo.














Anexo B




Anexo C
Texto coletivo do grupo “Beija-Flor” (criaram muitas hipóteses sobre a escrita”












Anexo D
Texto coletivo do grupo Rolinha




Anexo E
O grupo teve interesse de apresentar seu texto em letra de forma









Anexo F
Mapa, sala de aula, legenda, tempo e espaço.















Anexo G
Mapa feito pelo Grupo Beija Flor















Anexo H
Texto grupo “Força G”










Anexo I













Anexo J
















Anexo K
Mapa da sala de aula produzido pelos alunos














Anexo L
Trabalho dos alunos realizado durante os Pas – países participantes














Anexo M
Trabalho Grupo Rolinha - PA















Anexo N













PÓLO DE TRÊS CACHOEIRAS







RELATÓRIO DO ESTÁGIO

ELAINE FATIMA SERENA LAZZAROTTO

Marie Jane Soares Carvalho
Supervisor (a) do Estágio
Juliana Machado
Tutor (a) do Estágio









Julho/2010
SUMÁRIO




CONSIDERAÇÕES INICIAIS 04

1. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO EM RELAÇÃO À EDUCAÇÃO BÁSICA
05
2. SÍNTESES DO PROJETO DE ESTÁGIO 06
3. RELATO REFLEXIVO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 08
3.1. MINHAS CERTEZAS E DÚVIDAS TEMPORÁRIAS 08
3.2. REINICIANDO OS PAS 08
3.3. PRIMEIRA TRILHA 09
3.4 APRESENTAÇÃO DAS PRIMEIRAS AULAS COM PROJETOS DE APRENDIZAGENS. 10
4. RELATO-SÍNTESE DOS PROJETOS/ATIVIDADES/TEMÁTICAS 12
4.1. ATUAÇÃO DOS ALUNOS DURENTE O DESENVOLVIMENTO DO PAS 13
4.2. APRENDIZAGENS DA PROFESSORA-ALUNA 14

CONSIDERAÇÕES FINAIS 17

SONHOS PARA O FUTURO 18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19









“Não cobiço nem disputo os teus olhos
Não estou nem sequer à espera que me deixes ver através dos teus olhos
Nem sei tampouco se quero ver o que vêem os teus olhos
Nada do que possas ver me levará a ver e a pensar contigo
Se eu não for capaz de aprender a ver pelos meus olhos e a pensar comigo
Não me digas como se caminha e por onde é o caminho
Deixa-me simplesmente acompanhar-te quando eu quiser
Se o caminho dos teus passos estiver iluminado
Pelas mais cintilantes das estrelas que espreitam as noites e os dias
Mesmo que tu me percas e eu te perca
Algures na caminhada certamente nos encontraremos
Não me expliques como deverei ser
Quando um dia as circunstancia quiserem que eu me encontre
No espaço e no tempo de condições que tu entendes e dominas
Semeia-te como és e oferece-te simplesmente à colheita de todas as horas
Não me prendas as mãos
Não faças delas instrumento dócil de inspirações que ainda não vivi
Deixa-me arriscar o molde talvez incerto
Deixa-me arriscar o barro talvez impróprio
Na oficina onde ganham forma e paixão todos os sonhos que antecipam o futuro
E não me obrigues a ler livros que ainda não sou capaz de interrogar
Protege-me das incursões obrigatórias que sufocam o prazer e a descoberta e com silêncio (intimamente sábio) das tuas palavras e dos gestos
Ajuda-me serenamente a ler e a escrever a minha própria vida”

Rubem Alves







CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Estou concluindo o 8º semestre do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na modalidade à distância – pólo Três Cacgoeiras, resido no município de Torres - RS, na Rua Pará, nº. 293, centro.

Concluí o Ensino de 2º Grau com habilitação para o Magistério, outorgando-me o direito à docência de 1ª à 4ª série do Ensino de 1º grau. Ingressei no magistério público Municipal no ano 1976, onde trabalhei com classes multiseriadas, tendo que responder pela direção da escola, merenda para os alunos e inclusive a limpeza da mesma.

No ano de 1983 ingressei no Magistério Público Estadual através de concurso público com a carga horária de 20 horas semanais, no qual atingi um tempo de efetivo exercício no cargo de professor equivalente há 27 anos.

Atualmente estou lotada como professora na Escola Estadual de Educação Básica Governador Jorge Lacerda no município de Torres, localizada na Rua Almirante Barroso, nº. 200, próximo a Igreja Matriz e da Praia Grande, uma das principais da cidade, ou seja bem no centro do município.

Atuo com uma turma de 2º ano, ensino fundamental de 9 anos, onde realizei as horas de estágio do curso.







1. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO EM RELAÇÃO À EDUCAÇÃO BÁSICA
Sabe-se que a escola é um espaço vivo, de profunda socialização, onde atuam pessoas com histórias diversas e culturas variadas, no qual a Escola Estadual de Educação Básica Governador Jorge Lacerda, localizada no município de Torres - RS, fundada no ano de 1959, não difere das demais; encontram-se inseridos neste contexto alunos filhos de profissionais liberais, pequenos empresários, comerciantes e também filhos de catadores de material reciclável, operários de obras e de famílias inteiras desempregadas.

Para a escola o desafio é criar condições para manter o vínculo das crianças com a escola, possibilitando assim uma expectativa de um futuro melhor.

A Escola Estadual de Educação Básica Governador Jorge Lacerda, está localizada numa área central da cidade de Torres, Rua Almirante Barroso, número 200, próximo a Praça da Igreja Matriz Santa Luzia e a três quadras da praia grande.

No que refere-se ao espaço físico, a escola é considerada de grande porte, o prédio é próprio da instituição e está em bom estado de conservação e limpeza de suas dependências. Possui quadra de esporte ao ar livre, onde acontece, além das aulas de educação física, eventos e projetos da escola. A biblioteca conta com acervo bibliográfico considerado adequado ao atendimento da comunidade escolar.

A escola possui 25 salas de aula, sala de reforço, sala de recursos, sala para supervisão e orientação escolar, vice-direção, direção, secretaria ampla, auditório, laboratório de ciências, refeitório, cozinha e banheiros. O laboratório de informática está em processo de organização sem prazo definido para funcionamento, pois os computadores que existiam estão totalmente sem condições de uso.
Atualmente a escola atende a 1.121 alunos no total das várias mondalidades. No ensino Médio (EJA) são 143 alunos; Ensino Médio regular, 294 alunos; Ensino Fundamental - 9anos 148 alunos; Ensino Fundamental – 8 anos, 523 alunos; Educação para surdo nível Ensino médio, 13 alunos.

O quadro docente é composto por 75 professores. E o de funcionários são; 4 secretários; 3 monitoras; 5 serventes; 4 merendeiras. Responde pela direção da escola a professora Rita de Cássia, vice direção do turno da tarde a professora Cleusa Munari, pelo turno da manhã a professora Lisiane e do turno da noite a professora Carla Trindade.



2. SÍNTESE DO PROJETO DE ESTÁGIO

A metodologia teórica que embasou o projeto de estágio foram as estudas nas interdisciplinas do curso de graduação em pedagogia , saliento aqui aqueles estudiosos da educação que me fizeram repensar o meu fazer pedagígico como Jean Piaget, Paulo Freire, Marie Jane Carvalho, Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Menezes.

O objetivo maior do meu estágio era aplicar o método de Projetos de Aprendizagens, que acredito que proporciona ao educando a vivência e a experiência, tornando a aprendizagem significativa, uma vez que considera o aluno o construtor da aprendizagem. Assim podemos apontar que os projetos são um dos modos de organizarmos o ato educativo de forma globalizada e que a pesquisa da realidade escolar, a participação do aluno e do professor é fundamental.
Sobre essa metodologia Nevado, Carvalho e Menezes, afirmam:
Entende-se que a possibilidade inovadora da proposta se viabilizará na medida do abandono, pelos docentes do Curso e pelos próprios alunos-professores, da idéia de “domínio” sobre seus respectivos campos de saber e sobre seus espaços próprios de atuação e na disponibilidade de cada um e de todos em compreender as perspectivas da inter-comunicabilidade dos saberes e atuar interdisciplinarmente.

Entendi que trabalhar o cotidiano infantil dentro de uma concepção tradicional de educação, onde as respostas são dadas prontas, sem reflexão e sem ação, sem discussão, sem um sentido, a prática pedagógica torna-se vazia, sem ampliar o desejo de saber mais, de ir além do espaço da sala de aula, compromete assim a construção do desenvolvimento cognitivo e, sobretudo do sujeito.

Uma vez que a classe a ser trabalhada era de alfabetização buscamos em
Freire (1983, p. 49) que nos esclarece que:
alfabetizar-se é adquirir uma língua escrita através de um processo de construção do conhecimento com uma visão crítica da realidade. A criança é o sujeito do processo educativo, não havendo dicotomia entre o aspecto cognitivo e afetivo, mas uma relação dinâmica, prazerosa, dirigida para o ato de conhecer o mundo.

Desta forma, busquei propor atividades que desencadeassem reflexões sobre a forma como a língua escrita se organiza para produzir diferentes significados. Transversalmente foram abordados valores e saberes como produto da construção e reconstrução histórica dos seres humanos, além da compreensão e respeito ao multiculturalismo, gênero e meio ambiente. Os objetivos abordados com a turma de segundo ano estão relacionados com alfabetização e letramento.

Para Magda Soares, 1998, p.33:
Alfabetização é dar acesso ao mundo da leitura. Alfabetizar é dar condições para que o indivíduo-criança ou adulto - tenha acesso ao mundo da escrita, tornando-se capaz não só de ler e escrever, enquanto habilidades de decodificação e codificação do sistema da escrita, mas, e, sobretudo, de fazer uso real e adequado da escrita com todas as funções que ela tem em nossa sociedade e também como instrumento na luta pela conquista da cidadania plena.

Vale lembrar que a criança de hoje nasce junto com a explosão tecnológica, por essa razão não encontramos crianças e adolescentes que resistam o enfrentamento do desconhecido em informática. Todos gostam de aprender e usar os diferentes ambientes virtuais com agilidade e destreza, demonstrando muita autonomia.








3. RELATO REFLEXIVO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
3. 1 MINHAS CERTEZAS E DÚVIDAS TEMPORÁRIAS

Eu acreditava que alunos de 2º ano não tinham condições de trabalhar com a metodologia de Projetos de Aprendizagens.
As práticas começaram no dia 12 de abril do corrente ano, com a intenção de aplicar a metodologia de Projetos de Aprendizagens. Iniciamos com as perguntas curiosas dos alunos, de onde surgiram várias perguntas e a pergunta eleita foi: “De onde vem a folha de desenho?” O trabalho de pesquisa aconteceu de maneira bastante tradicional, os alunos foram orientados e motivados a seguir minhas ordens e eu não proporcionando a eles a andarem por si, com autonomia na busca de respostas às suas curiosidades. Ainda não acreditava que alunos em fase de alfabetização pudessem escrever suas certezas provisórias e suas dúvidas temporárias e por essa razão eu escrevia por eles, no quadro, nos cartazes. Ao mesmo tempo buscava textos prontos relacionados ao tema. As atividades eram dirigidas. Quando me dei por conta que nada de novo estava acontecendo em nossa sala de aula, é que procurei repensar minha prática e reiniciar novos Projetos de Aprendizagens, onde pretendo descrever a seguir.

3.2. REINICIANDO OS PAS

Partindo das curiosidades dos alunos, permite que eles aprendam de forma interdisciplinar, os diversos conteúdos do interesse dos alunos aparecem naturalmente, onde professor somente guia, dirige, orienta, abre alas para os alunos irem em frente, professor e alunos aprendem juntos.
Com essa proposta pude trabalhar sem fronteiras. Um grupo pode estar apenas nas dúvidas e certezas provisórias enquanto o outro avançando disparada mente.
Durante o desenvolvimento do PA aconteceram mudanças importantes, muitas outras dúvidas surgiram e novas buscas aconteciam.

3.3.-PRIMEIRA TRILHA
Para aguçar a curiosidade dos alunos coloquei uma pilha de revistas “Ciências” para que os alunos em grupo manuseassem as mesmas e selecionassem algo que achassem interessante para conversar com os colegas do grupo. Passaram algum tempo folhando as revistas, alguns já dominam a leitura outros liam as imagens, enfim todos ficaram envolvidos com a atividade.
Após algum tempo, enquanto trocavam idéias, coloquei uma caixa onde estava escrito “Baú das curiosidades”, o que chamou a atenção da turma.
Logo alguns alunos queriam saber o que tinha dentro do tal Baú das curiosidades. E assim começou a conversa sobre projetos de aprendizagens. Falei que dentro do Baú deveriam ir todas as perguntas curiosas que eles gostariam de fazer para depois a gente começar um trabalho muito interessante sobre elas. Os alunos comentaram oralmente sobre as perguntas encontradas nas revistas, outros fizeram perguntas viáveis e outras muito difíceis, entre elas como surgiu à vida na terra, como apareceu o sol e a lua, por que a água do mar é salgada? Após pedi a eles que escrevessem suas perguntas e colocassem dentro do baú das curiosidades. Confesso que não esperava tantas perguntas escritas por eles, mas cada um foi escrevendo sua pergunta, e ao mesmo tempo criando hipóteses sobre a escrita, procurando junto aos colegas e a professora as letras que faltavam para escrever o que queriam.
Durante a escrita das perguntas foram feitas várias observações sobre o emprego da letra maiúscula no início da frase e o ponto de interrogação no final da pergunta. Durante o PA, foi possível desenvolver os conteúdos do plano de curso da série, os mesmos vão surgindo espontaneamente e os alunos descobrem a necessidade do emprego e dão sentido ao trabalho que estão realizando.
Uma aluna no início da atividade da escrita demonstrou insegurança chorando e dizendo que não sabia escrever, e no final aprendeu a compartilhar suas ansiedades com os colegas, buscando ajuda e assim formulando diversas perguntas que vieram a fazer parte do baú, satisfeita por ter conseguido realizar uma tarefa que até então se achava incapaz onde podemos perceber que neste momento esta aluna estava começando a desenvolver seus trabalhos com mais autonomia.

3.4. APRESENTAÇÃO DAS PRIMEIRAS AULAS COM PROJETOS DE APRENDIZAGENS
Em primeiro de junho todos sentados em círculo no chão iniciamos a aula, o objetivo era observas gravuras, uma mostrava um menino que escolhera as plantas como tema de estudo, outra uma menina cuidando dos animais e reconhece bem as funções de um veterinário e outra um menino que se encanta ao explorar a astronomia. (gravuras retiradas da revista Nova Escola janeiro/fevereiro de 2006, pág.51 e 53). Após os alunos passaram a relatar o que liam nas gravuras, já que estavam todos muito entusiasmados aproveitei e solicitei à turma se quisessem fazer mais algumas perguntas para acrescentar no baú poderiam fazê-lo.
Surgiram muitas outras questões que foram colocadas no Baú. A seguir fomos abrindo cada uma e eles foram colando uma a uma no painel coletivo que deram o nome de “Nossas Dúvidas” e depois leram oralmente cada uma e os grupos fizeram suas escolhas que ficaram assim distribuídas:
ü Grupo Força G; Rafael, Ilan, Pietra, Marlon, Cristiano e Hendrick com a pergunta: Desde quando que acontece a copa do mundo?
ü Grupo Rolinha; Ana, Gisele, Débora, William, Weslei e Monique com a pergunta: Quando começou a primeira copa do mundo?
ü Grupo Beija-Flor; Eduarda, Rafael, Kaylane, Julia, Suelen, Maria Laura e Rafaela com a pergunta: De onde vem a gelatina?
Todos os alunos estavam entusiasmados para começar um trabalho sobre as perguntas escolhidas, porém dois grupos tinham a mesma opção, decidindo ficarem distribuídos em grupos menores. A credito que nesta aula o objetivo foi plenamente alcançado já que os alunos apresentaram autonomia e entusiasmo na elaboração de perguntas através da linguagem oral e linguagem escrita, além de da efetiva participação e colaboraçao junto ao seu grupo.
No dia seguinte, após a rotina diária; oração espontânea e canção de boas vindas. Os alunos colocaram-se em forma de círculo todos sentados no tapete para conversar sobre o PA, sanar as dúvidas e ouvir quais são os passos que eles iriam tomar para buscarem o que eles queriam saber. Alguns alunos disseram que não sabiam onde buscar informações, outros já trouxeram várias anotações que pesquisaram na internet, outros encontraram na revista Nova Escola, um aluno trouxe vários folder com a tabela de jogos da copa do mundo, África do Sul 2010 e o grupo da gelatina trouxeram informações bastante ampla sobre o assunto. Todo o material colocado foi depositado dentro do blog do grupo.
Todos os alunos contribuira com suas descobertas no trabalho coletivo. Observei que passaram a saber ouvir o colega e respeitar as normas de convivência. Além de ler e escrever novas palavras, frases e textos de acordo com seu nível durante as pesquisas realizadas.









4. RELATO-SÍNTESE DOS PROJETOS/ATIVIDADES/TEMÁTICAS.
Nas séries iniciais um dos objetivos é levar os alunos à alfabetização, e a metodologia de PA, favorece para alcançar este objetivo, pois as crianças escrevem palavras que tem sentido para elas aonde a escrita e a leitura vão acontecendo de maneira espontânea e não de forma mecânica como aprendemos o B+A=BA.

Foi muito mais produtiva as aprendizagens dos alunos a partir da aplição dos PAS. Os conteúdos como países, continentes e oceanos e mapa mundi já fazem parte do vocabulário dos alunos de 2º ano do Ensino Fundamental. Durante o desenvolvimento deste trabalho pude contar com o envolvimento das famílias dos educandos, fazendo com que eles também participassem do processo de aprendizagem de seus filhos já que auxiliavam nas pesquisas.

Neste momento foi possível trabalhar mapas, legendas, tempo e espaço.

Em Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários a prática educativa, Paulo Freire diz:
“O educador que “castra” a curiosidade do educando em nome da eficácia da memorização mecânica do ensino dos conteúdos, tolhe a liberdade do educando, a sua capacidade de aventurar-se. Não forma, domestica” (pág. 63).
A autonomia a liberdade do educando tem que ser respeitada, caso contrário, o ensino tornar-se-á “inautêntico”, palavreado vazio e inoperante. (pág.69)
.
O que aprendi durante o período que apliquei o projeto de aprendizagem juntamente com as orientações da supervisão, acredito ter compreendido de fato sobre o que realmente é um projeto de aprendizagem onde o professor apenas deverá ser o orientador, que conduz os alunos, que instiga a sua curiosidade, que faz com a criança fique aguçada para buscar as suas perguntas curiosas.
Os projetos de Aprendizagens promovem o desenvolvimento das potencialidades decodificadoras da leitura e escrita usando a criticidade e interagindo no meio ao mesmo tempo em que estimula o desenvolvimento do raciocínio lógico sendo interativo nas situações cotidianas.
De certa forma, todas as teorias tem nos passado que compete ao professor oportunizar aos alunos condições de aprender, criar, resolver problemas e desafios, descobrir soluções, refletir, com autonomia e controle. Para que isto aconteça à metodologia por PAS, por mim experimentada durante o estágio comparando com as demais que utilizei ao longo dos anos, foi o metododo que mais se adequada para atender a estes conceitos até o presente momento.

4.1-ATUAÇÃO DOS ALUNOS DURANTE O DESENVOLVIMENO DOS PAs.
Com os PAS, os alunos passaram a interagir mais, discutindo nos grupos as possibilidades do tema, ou seja, da pergunta curiosa do grupo, realizaram um relato sobre o que já sabiam e o que queriam saber. No momento de escrever o que pensavam sobre a pergunta curiosa eles passaram a criar hipóteses sobre a escrita e buscavam respostas entre si em relação à codificação das palavras.
Outro fator importante a citar foi que os alunos passaram a organizam suas ações na busca de informações demonstradas através das distribuições de tarefas entre eles. Assim demonstraram autonomia nas decisões do grupo, passaram a serem construtores de conhecimentos.
O gosto pela leitura foi demonstraram pela classe amplamente, além da criatividade uma vez que eles mesmos criavam hipóteses sobre a escrita no qual a mesma surge espontaneamente sem a preocupação da codificação e decodificação. Tudo o que escreviam tinham significado para os alunos.




4.2-APRENDIZAGENS DA PROFESSORA-ALUNA
Os percalços encontrados durante o estágio me fizeram refletir ainda mais sobre minha prática pedagógica.

As razões que explicam minha resistência em não aplicar o PA no início do estágio tem relação com a forma como aprendi na minha trajetória escolar como estudante e também como professora de um longo período a mais de vinte e quatro anos de efetivo exercício no magistério.

Não se trata apenas de uma simples mudança, mas de modificar paradigmas e forma de ver a educação. Toda e qualquer mudança exige de cada um de nós muito preparo psicológico, muitas informações para que essas mudanças possam fluir positivamente.

Para que eu pudesse inovar minhas práticas foi essencialmente necessário me permitir que eu fosse capaz de inovar e deixar que meus alunos crescessem buscando sua autonomia através da confiança em si próprio.
A Metodologia Projetos de Aprendizagens começou a ser desenvolvido a partir da metade do estágio, quando acreditei que alunos não alfabetizados poderiam ler e escrever, produzindo seus textos e refletindo sobre a escrita. Foi necessário buscar os textos “Arquiteturas Pedagógicas” e “ “Educação à distância mediada pela internet”, para obter mais informações e fundamentação teórica sobre a metodologia de PAS, bem como assistência pedagógica da supervisão do estágio e tutoria.
A partir da decisão de iniciar os PAS, os planejamentos tomaram outros rumos. Permiti que o alunos tomassem as iniciativas de buscar o que queriam aprender a partir de suas perguntas curiosas, certezas provisórias e dúvidas temporárias. As dúvidas deles passavam então a ser as minhas também, passei a aprender junto com eles e a investigar também com eles.
Como disse Paulo Freire:
Quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar-aprender participamos de uma experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e com a seriedade.
Percebi que os conteúdos curriculares surgiam espontaneamente dentro do PAS e eram trabalhados interdisciplinariamente, de forma global. Anterior a esta prática eu era quem planejava e conduzia meus alunos para que eles agissem exatamente como eu queria que fizessem, não costumava dar espaço para que eles construíssem o conhecimento.
Costumava realizar meu planejamento por projetos de trabalho, onde eu selecionava os conceitos e procedimentos a serem feitos para atingir os objetivos elencados, mostrava aos alunos as fontes onde eles deveriam pesquisar. Ou seja, o planejamento era totalmente delineado para atingir um fim já determinado. Utilizando os PAs sabíamos apenas sobre a pergunta da partida, mas durante a trajetória apareciam muitos caminhos e assuntos que se interligavam e complementavam.
Esse fator foi o que mais me aguçou durante todo o período de estágio, a metodologia dos PAs principalmente com crianças em processo de alfabetização.
A metologia dos Projetos de Aprendizagem me instiga a questionar frequentemente: Como criar estratégias em sala de aula que possibilite o domínio do código escrito com o PA?
E ainda, como alunos não alfabetizados poderão ler e escrever suas certezas e dúvidas durante os PAs? E por fim: Como e onde eles vão buscar informações se não sabem ler e escrever?
Após algumas aulas no estágio decidi colocar em prática estas dúvidas onde as mesmas foram sendo testadas durante o desenvolvimento do PA com meus alunos.
Sendo assim é minha pretenção abordar este tema no Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, no qual acredito poder dar testemunho da minha própria experiência e relatar sobre a resistência em me permitir inovar, o resgate do meu desafio para contribuir com a construção do conhecimento com os PAs partindo da minha vivência.
















CONSIDERAÇÕES FINAIS
Numa escola crítica, criativa e construtiva, tanto o professor como os alunos são considerados sujeitos ativos no processo pedagógico, que se caracteriza por uma troca efetiva de experiências, na construção do conhecimento. De modo geral, o aluno é visto como alguém que depende do professor e do qual é esperada a assimilação passiva do conhecimento que lhe é transmitido. A formação continuada dos professores demonstra a necessidade de inovar o ensino, tornando as aulas mais práticas e produtivas, levando o aluno a sentir-se como construtor do conhecimento.
A dinâmica mundial se reflete constantemente no ensino, pois, a explosão tecnológica apresenta novas exigências a cada instante tanto a escola como professores devem estar acompanhando estas mudanças.
Os alunos necessitam cada vez mais de novas propostas metodológicas, para que sejam motivados e não esquecidos como sujeitos diretos das transformações que acontecem no mundo, pois são agentes responsáveis pelo futuro.
Não é tarefa fácil, pois são décadas de metodologias tradicionais, mas a participação e a evolução do ensino e a formação dos professores na área da educação caminha para o futuro, onde os PROJETOS DE APRENDIZAGENS começam a fazer parte permanente da prática pedagógica.





SONHOS PARA O FUTURO

Pretendo contribuir para a construção de uma sociedade em bases democráticas, onde a justiça social seja um bem de todos e de maneira qualitativa, desenvolvendo uma prática investigativa, reflexiva voltado para uma educação interdisciplinar e tendo como meta almejada o “APRENDER A APRENDER”.













REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, Marie Jane; NEVADO, Rosane Aragon de; MENEZES, Crediné SILVA de Educação à distância mediada pela internet: Uma abordagem Interdisciplinar na Formação de Professores em serviço.

CARVALHO, Marie Jane; NEVADO, Rosane Aragon de; MENEZES, Credine Silva de; “Arquiteturas Pedagógicas para a Educação à distância: Concepções e Suporte Telemático.

FERREIRO, E. Matéria Alfabetização e Cultura Escrita. Nova Escola, São Paulo, Abril, maio de 2003. p.27-30.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia Saberes necessários à prática educativa. 13 ed. Paz e Terra: São Paulo, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 13.ed. Paz e Terra: Rio de Janeiro, 1983.

SOARES, Magda. Letramento. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.










ANEXOS

Blog do grupo “Força G”...............................
..........................................
A
Texto dos alunos respondendo a nova........ questão
….......................................
B
Texto coletivo do grupo “Beija-Flor”.............
….......................................
C
Texto coletivo do grupo “Rolinha”.............
….......................................
D
Texto em letra de forma ..............................
….......................................
E
Mapas – legendas, tempo e espaço...........
….......................................
F
Mapas- legendas, tempo e espaço..............
….......................................
G
Texto Coletivo........... ..................................
….......................................
H
Texto coletivo – Grupo Rolinha ...................
….......................................
I
Trabalho dos alunos durante os Pas............
….......................................
J
Mapa da sala de Aula..................................
….......................................
K
Trabalho dos Alunos ..................................
….......................................
L
Blog do grupo da gelatina...........................
….......................................
M
Cores do Brasil durante PA.........................
..........................................
N
Foto da Escola ............................................
..........................................
O

















Anexo A
Blog do Grupo “Força G” - dentro deste blog eram colocados as produções dos alunos do grupo.














Anexo B




Anexo C
Texto coletivo do grupo “Beija-Flor” (criaram muitas hipóteses sobre a escrita”












Anexo D
Texto coletivo do grupo Rolinha




Anexo E
O grupo teve interesse de apresentar seu texto em letra de forma









Anexo F
Mapa, sala de aula, legenda, tempo e espaço.















Anexo G
Mapa feito pelo Grupo Beija Flor















Anexo H
Texto grupo “Força G”










Anexo I













Anexo J
















Anexo K
Mapa da sala de aula produzido pelos alunos














Anexo L
Trabalho dos alunos realizado durante os Pas – países participantes














Anexo M
Trabalho Grupo Rolinha - PA















Anexo N
















Anexo O



Anexo O