domingo, 11 de outubro de 2009

PRÁTICAS DE LETRAMENTO

PRÁTICAS, AÇÕES E ESTRATÉGIAS DE LETRAMENTO.

Apesar de muitos anos de trabalho docente minhas experiências anteriores foram de 3ª série em diante. Como estou cursando pedagogia tive a oportunidade de entrar em contato com a literatura sobre a psicogênese da escrita, especialmente com as idéias de Emília Ferreiro, Paulo Freire, me permiti assumir uma turma de 1º ano, na faixa etária dos seis anos, pois a vasta produção científica atual sobre alfabetização, leitura e letramento me deu suporte para encarar a prática da alfabetização.
Embora tenha me esforçado para que minhas práticas pedagógicas estejam dentro do modelo pedagógico construtivista piagetiano de Ferreiro, muitas vezes crio fusões com diversos métodos e também com experiências já vividas anteriormente.
Os estudos realizados me possibilitaram a compreender e intervir na aprendizagem, ou mesmo de avaliar o aluno que se encontra na fase pré-silábica ou silábica em relação aos alunos que já estão ao domínio da base alfabética.
Outro ponto interessante é que passei a permitir a presença da escrita espontânea, onde algumas crianças façam suas escritas usando letras sem valor sonoro convencional, ou escritas silábicas (cada letra com valor sonoro convencional, ou escrita silábica (cada letra com valor sonoro de uma sílaba) sem serem censuradas).
Em síntese o caminho que encontrei para trabalhar dentro da proposta construtivista foi:
Seguir a rotina de trabalho;
1º momento: As crianças se organizam em forma de círculo para a hora das novidades, do conto, das perguntas. Este momento não tem um horário fixo para terminar depende do interesse do grupo e da capacidade de concentração da turma. Este é o momento mais interessante da aula, daí é que surge a palavra chave. Partindo da palavra chave, seu significado despertando na criança a curiosidade e a pesquisa. Procuro ficar atenta à realidade dos meus alunos, busco descobrir acontecimentos importantes no município e que desperte a curiosidade dos alunos. Como exemplo disso pode se citar o Festival Internacional do Balonismo em Torres. É impossível deixar de lado um evento tão importante para toda a população jovem, adulta e criança. O projeto Balonismo é lançado e partir daí surgem à contextualização. A palavra chave “Balonismo” traz outras várias palavras chaves a partir dos relatos das crianças na hora do conto, das novidades e das perguntas.

A DIDÁTICA DE COMENIUS

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO.

Através das leituras sugeridas na interdisciplina, pode-se compreender o desenvolvimento histórico do processo da leitura e escrita, tendo como marco inicial a organização do trabalho pedagógico proposto por Comênio.
Em 1658 sai a primeira obra em que são usadas as imagens como meio pedagógico. “Orbis Pictus”, o mundo em imagens. Comênio é o pioneiro no uso dos meios audiovisuais no ensino no qual procura facilitar o trabalho do professor através do material didático como recurso de ensino.
A mais importante obra de Comênius foi a Didática Magna, onde ele defende a natureza e que o homem deve valorizar e não tornar posse dela, destruindo-a completamente.
Outro ponto interessante é o saber histórico construído pela humanidade, passando também a idéia de que todos devem ter acesso ao saber.
Na visão de Coênius o livro didático deve partir de alguns princípios: deveria ser escrito em uma linguagem familiar e comum; ser elaborado em forma de diálogo, haveria necessidade de uma representação. Sendo assim, Comenius propõe que também nas salas, deveriam ser pintadas nas paredes, resumos ou ilustrações de textos com os quais os sentidos, a memória e o intelecto dos alunos poderiam se exercitar.
O livro didático passa a ser usado como um manual específico de práticas pedagógicas, sendo de uso essencial para o professor, deixando de lado as decorebas das antigas cartilhas.

ALFABETIZAÇÃO

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO.

ALFABETIZAÇÃO E A PEDAGOGIA DE EMPODERAMENTO POLÍTICO de Henry A Giroux.

O Mestre Paulo Freire trata do conceito de Alfabetização com muita convicção, salientando a emancipação do indivíduo e não como uma forma mecânica de decifrar código totalmente descontextualizado.
Nas obras de Freire fica tudo muito claro a não necessidade de metodologias específicas, mas considerar o contexto do indivíduo para que a alfabetização aconteça.
Portanto a alfabetização deve possibilitar no indivíduo a capacidade de ver o mundo com espírito crítico, saber argumentar tirar suas próprias conclusões e perceber que a sociedade é um processo em constante transformação.
O papel da educação é formar cidadãos capazes de exercer sua autonomia.
Freire aponta o diálogo como condição fundamental no processo de alfabetização, pois são através das falas dos alunos que se podem perceber suas expressões culturais.
O autor no texto coloca que “o pedagógico torne-se mais político e o político mais pedagógico o mesmo trata da alfabetização e da pedagogia para o empoderamento. Segundo professora Anézia,” o sentido do poder é essencialmente social, pois uma pessoa se fortalece quando o seu ser social supera o ser individual. Isso se torna possível quando o homem tiver reconhecido e organizado suas próprias forças como forças sociais de tal modo que a força social não mais se separe dele na forma política, assim a emancipação humana será possível, ela se dá por meio da transformação da sociedade que oprime.