domingo, 30 de maio de 2010

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REFLEXOES SEMANA 7

REFLEXÕES DA SEMANA 7

Quanto mais reflito sobre minha prática docente, mais percebo o quanto é difícil nós educadores de muitos anos de carreira, nos permitir inovar tais práticas, o que exige desprendimento, quererem vencer a barreira de enfrentar um novo desafio e principalmente sair do comodismo e buscar estratégias que levam a um resultado surpreendente nas aprendizagens de nossos alunos.
Muitas vezes a vontade é de desistir por ainda não ter encontrado a resposta que esperamos do nosso trabalho dentro de uma nova proposta que estamos experimentando. No decorrer das aulas eu acreditava estar de acordo com a proposta de PA, mas a vontade de inovar me fez pensar desta forma. O que aprendi durante o período que vim tentando aplicar o projeto de aprendizagem e com as orientações da supervisão, acredita ter compreendido de fato sobre o que realmente é um projeto de aprendizagem onde o professor apenas deverá ser o orientador, que conduz os alunos, que instiga a sua curiosidade, que faz com a criança fique aguçada para buscar as respostas que deseja pelas suas perguntas curiosas.
Em “Cuidado, Escola!”, Paulo Freire organiza uma leitura crítica, irônica e bem-humoradada escola tendo o apoio da arte dos cartunistas e quadrinistas e a assessoria de outros educadores para apresentar idéias de fundamental importância quanto à realidade da educação brasileira.
“É preciso (...) que o formando desde o princípio de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. (A Pedagogia da Autonomia-Saberes necessários os práticos docentes).
A partir destas reflexões irei buscar estratégias para que nas próximas aulas meus alunos tenham a liberdade de buscar por livre e espontânea vontade, no qual serei apenas uma orientadora que os levam a busca das respostas as suas curiosidades.

sábado, 22 de maio de 2010

o jogo e alfabetização

O JOGO E A ALFABETIZAÇÃO

Durante o desenvolvimento do PA, os textos compartilhados foi uma estratégia utilizada durante a semana seis com a finalidade de ampliar a familiaridade dos alunos com os textos, favorecer a aprendizagem das convenções da escrita compreendendo a relação fala/escrita.
O trabalho com PA leva os alunos a refletirem sobre a escrita, abre um leque grande para que o professor possa acrescentar novos problemas e ampliar as atividades a partir das falas das crianças. E foi através da falas que senti a necessidade de incluir em todos os planos de aula da semana seis, o momento do jogo para leitura e escrita.
Para Fortuna (2001, p.116):
Sala de aula é um lugar de brincar, se o professor consegue conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos do aluno. Para isso é necessário encontrar o equilíbrio sempre móvel entre o cumprimento de suas funções pedagógicas e contribuir para o desenvolvimento da subjetividade, para a construção do ser humano autônomo e criativo. Credita ao aluno, isto é, a sua ação, a parte de responsabilidade no desenvolvimento. Mesmo procurando fazer parte, o professor e a escola dão/respeitam a possibilidade de que outra coisa aconteça.

As crianças, mesmo aquelas que ainda estão não sabem ler participam dos jogos na tentativa de acertar e criam hipóteses sobre a leitura e escrita. Muito interessante quando eles estão escrevendo a cada letra olham pra professora e ficam na incerteza aguardando o aval da professora.
Durante o jogo um aluno que está próximo ao nível alfabético descobre que as letras utilizadas para escrever a palavra SOPA são as mesmas para escrever a palavra SAPO. Para esta criança aquele momento marcou a vida dele no mundo da leitura e escrita. As pessoas que vieram visitar a turma naquele dia tiveram a oportunidade de vivenciar com este aluno este fato, seus olhos brilhavam e sua alegria era tanta que passou a contar para as pessoas que encontrava pelos corredores da escola. A partir desse momento ele começou a descobrir outras e mais outras palavras. Pedi a ele que escrevesse a seguinte frase: Eu vou ver o filme. A frase foi escrita corretamente e ainda empregou o ponto final. Este aluno passava a grande parte do tempo circulando e quase não registrava nada do que era proposto durante a aula. A mãe chegava para apanhá-lo e cobrava o trabalho realizado durante a aula. Era todo dia a mesma história, o aluno Weslei não realizou as tarefas e derrepente nos surpreende com este fato. Acredito que aprender brincando é uma prática própria da criança e que podemos presenciar este aprendizado no momento que oportunizamos esta prática.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Projeto de aprendizagem e alfabetização

SEMANA 5
Como alfabetizar com a prática de PA.

Os trabalhos com o PA, estão sendo desenvolvidos de maneiro bastante produtivo. A dificuldade é a falta da ferramenta, apenas quatro aluno da minha turma tem computador em casa e a escola não dispõe ainda da sala de informática, deixando muito a desejar. Apesar da dificuldade apresentada, o projeto está andando e os alunos estão construindo hipótese sobre a escrita em cima da pesquisa e da troca de informações. Quando imaginamos que esgotaram o interesse pelo assunto, um ou dois alunos trazem mais respostas e novos questionamentos oportunizando a continuação do PA e sua construção está sendo dentro do ambiente escolar, sala de aula, corredores em painéis com trabalhos criados pelos alunos.
A leitura e a escrita ocupam um lugar muito importante no dia a dia. Por isso como professora de uma turma de 2º ano tinha pela frente um grande desafio que seria como alfabetizar com projeto de aprendizagem. Hoje tenho uma visão diferente a respeito desta prática. A experiência com PA, nos permite troca de idéias, reflexões, uso e escrita das palavras que tem sentido para as crianças, despertando nelas o prazer de ler e escrever. As falas dos alunos vão sendo registradas no quadro e os alunos vão relacionando a linguagem oral e a linguagem escrita, e derrepente eles nos surpreendem dizendo professora eu já sei ler e vem com um texto qualquer e acabam lendo disparada mente. É muito gratificante.

domingo, 9 de maio de 2010

Reflexoes semana 4

REFLEXÃO DA SEMANA 4

Durante o Chat com a professora Marie Jane, pude esclarecer dúvidas a respeito das arquiteturas pedagógicas e perceber que muitas vezes estamos desenvolvendo os PAS, durante o desenvolvimento das aulas e deixamos de registrar fatos importantes que acontecem e que não estão previstas no plano de aula, como por exemplo: no projeto sobre o balonismo, aconteceram diversas perguntas curiosas por parte dos alunos que através delas surgiram muitas outras, como; Por que o balonismo acontece só em Torres? Tem balonismo em outros lugares? Como os balões ficam andando e não tem motor só com fogo? De que são feito os balões? Estas questões feitas por eles foram registradas no quadro de giz e das frases foram retiradas às palavras chave; balonismo- balão- festival, e das palavras, foram estudadas as sílabas já conhecidas e construídas novas palavras.
O tema balonismo oportunizou trabalhar a interdisciplinaridade, todas as áreas do conhecimento. Foi realizada a experiência com vela acesa e o balão que eles mesmos construíram para provar que o ar quente dentro do balão fica mais leve e por isso faz com que o balão sobe. Esta semana foi direcionada ao dia das mães. Trabalhamos com diferentes tipos de textos; declamações de poesias, danças, relatos das crianças, produção de textos coletivos como paródias, confecção de cartazes com bilhetes produzidos pelos alunos. Escritas de palavras com o (til) como: coração, balão, declamação, entre outras. As atividades auxiliaram os alunos a desinibir e a adquirir um desempenho melhor como emissor e receptor da comunicação, onde os alunos também se alertaram para o ritmo (a cadência dos versos), o que é uma característica dos poemas. As apresentações dos alunos surpreenderam a professora e as mães, pois alunos que demonstravam uma timidez significativa acabaram vencendo este obstáculo e utilizaram o microfone com

segunda-feira, 3 de maio de 2010

VIVER ÀS DIFERENÇAS

Após a acolhida da turma de 2ºano, deparei-me com a questão da heterogeneidade que percebo como uma característica natural de qualquer grupo, mas um pouco mais preparada para lidar com as diferenças. Diante dessa realidade procurei dirigir minha atenção progressivamente para todos os alunos independentes do ritmo de cada um, mas atenta aos avanços que cada um vem demonstrando através do seu desempenho. Durante esta semana procurei me deter a um aluno que vem disparada mente demonstrando aprendizagens significativas. Este aluno era marcado pelos demais pelas suas atitudes, desinteresse, maus tratos com os colegas chutando, batendo. Envolta de sua classe havia muita sujeira, pontas de lápis, farelo de merenda, barro do calçado que chamava atenção de qual quer um. Não fazia as atividades, passava o tempo circulando e agitando a turma, os pais solicitando que fosse transferido para outra escola.
Diante do quadro procurei algumas estratégias que durante os estudos na disciplina de educação especial fomos aprendendo a lidar com as diferenças.
Segundo Sérgio Leite, em alfabetização e fracasso escolar (Edicon, São Paulo, 1988). “A criança não precisa de dois anos para aprender a ler e a escrever. Precisa é de uma escola estruturada, que lhe garanta continuidade curricular e que, acima de tudo, não esteja planejada para um tipo de aluno”.

Sendo assim a heterogeidade é um desafio ao qual é impossível fugir da tarefa de alfabetizar. E é repensando as velhas práticas que passamos a incluir este aluno de maneira que ele começou a se sentir co-participante da turma, ser valorizado pelos demais e produzir com prazer suas tarefas. Os pais estão se sentindo mais seguros e passaram a valorizar e a elogiar o menino inclusive educando seus filhos a compartilhar do grupo com ele, o que anteriormente não acontecia. Hoje o aluno X, não perturba mais e a turma está cada dia mais calmo, interativo e o aluno sentindo-se incluído ao convíviuo escolar.