segunda-feira, 28 de junho de 2010

UNIVERSIDADE FEDERAL RIO GRANDE DO SUL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – LICENCIATURA
Modalidade a Distância

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS
ELAINE FÁTIMA SERENA LAZZAROTTO




PROFESSORES DO EIXO VIII

Supervisores do Estágio Curricular
Carla Meinerz
Dóris Almeida
Gabriela Brabo
Hilda Jaqueline
Ivany Avila
Marie Jane Carvalho
Nilton Mullet

Tutoras
Alda Graciela
Ana Paula Frozi
Graciela Rodrigues
Márcia Caetano
Marcia Stormowski


Equipe do Seminário Integrador VIII
Eliana Ventorini
Nilton Mullet

Tutoras
Roberta Lusa Manfredini
Rosângela Leffa

Tutoras do Polo
Fabiana Raupp Valim Leffa
Vanilce de Oliveira Santos






QUESTÃO 1:
No início do estágio tive certa resistência em aplicar a metodologia de PAS, pelo fato de entender que trabalhar com pesquisa seria somente para alunos que já dominavam a leitura e escrita, embora que fosse mecanicamente.
Mas acabei por compreender que permitir o trabalho em grupo na sala de aula é permitir que os alunos aprendam na troca, uma vez que falam a mesma língua, no nível deles, um ajuda o outro e aprendem a compartilhar, conviver e buscar ajuda no colega, criam hipóteses e a aula se torna mais produtiva. Os alunos discutem sobre assuntos que interessam pra eles, e a leitura e a escrita vão acontecendo naturalmente, a cada dia um aluno diz: “professora, eu já sei ler”. Isto é muito gratificante quando ouvimos depoimentos com este.
Então a leitura deixa de ser uma leitura mecânica e passa a ser prazerosa e significativa para eles.
Durante os projetos muitos alunos demonstraram saber ler e escrever através de suas ações nas amostras registrada durante as atividades e nos relatos durante as trocas de opiniões entre eles.
Durante o desenvolvimento do PA, os textos compartilhados foi uma estratégia utilizada durante a “semana seis” com a finalidade de ampliar a familiaridade dos alunos com os textos, favorecer a aprendizagem das convenções da escrita compreendendo a relação fala/escrita.
O trabalho com PA levou os alunos a refletirem sobre a escrita, abrindo um leque grande para que eu pudesse acrescentar novos problemas e ampliar as atividades a partir das falas das crianças. E foi através da falas que senti a necessidade de incluir em todos os planos de aula, o momento do jogo para leitura e escrita.
Para Fortuna (2001, p.116):
Sala de aula é um lugar de brincar, se o professor consegue conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos do aluno. Para isso é necessário encontrar o equilíbrio sempre móvel entre o cumprimento de suas funções pedagógicas e contribuir para o desenvolvimento da subjetividade, para a construção do ser humano autônomo e criativo. Credita ao aluno, isto é, a sua ação, a parte de responsabilidade no desenvolvimento. Mesmo procurando fazer parte, o professor e a escola dão/respeitam a possibilidade de que outra coisa aconteça.
As crianças, mesmo aquelas que ainda não sabem ler participam dos jogos e na tentativa de acertar criam hipóteses sobre a leitura e escrita. É muito interessante quando estão escrevendo, e a cada letra olham pra professora e ficam na incerteza aguardando o aval da professora.
Durante o jogo um aluno que está próximo ao nível alfabético descobre que as letras utilizadas para escrever a palavra SOPA são as mesmas para escrever a palavra SAPO. Percebi que para esta criança aquele momento marcou sua vida no mundo da leitura e escrita. As pessoas que vieram visitar a turma naquele dia tiveram a oportunidade de vivenciar com esse aluno tal fato, seus olhos brilhavam e sua alegria era tanta que passou a contar para as pessoas que encontrava pelos corredores da escola. A partir desse momento ele começou a descobrir outras e mais outras palavras. Pedi a ele que escrevesse a seguinte frase: “Eu vou ver o filme”. A frase foi escrita corretamente e ainda empregou o ponto final. Até esse dia esse aluno passava a grande parte do tempo circulando e quase não registrava nada do que era proposto durante a aula. A mãe chegava para apanhá-lo e cobrava o trabalho realizado durante a aula, todos os dias era a mesma história, “o aluno W. não realizou as tarefas”, e derrepente nos surpreende com este fato.
Acredito que aprender brincando é uma prática própria da criança e que podemos presenciar este aprendizado no momento que oportunizamos esta prática. Nessa certeza que para iniciar o PA criei o Baú das Curiosidades onde os alunos passaram a depositar suas perguntas curiosas enquanto manuseavam diversas revistas e discutiram entre si seus questionamentos, assim começou os Projetos de Aprendizagem. Surgiram 48 questões curiosas, destas foram eleitas as três mais curiosas formando a partir daí grupos de interesses: “De onde vem a gelatina?”, “Desde quando que acontece a Copa do Mundo?” e “Quando começou a primeira Copa do Mundo?”
Ao iniciar os Projetos de Aprendizagens senti a resistência por parte dos pais por não encontrarem nos cadernos dos seus filhos o alfabeto para encher as linhas ou “b+a=ba”, eles diziam ter aprendido assim, bem como os numerais etc.
Foi necessário muita coragem para poder ir em frente, pois os interrogatórios eram diários. Meus argumentos eram muitos, mas, o que mais acalmava os pais era quando eu dizia: “Se chegar a julho seu filho não souber ler vocês me cobrem, por enquanto ajudem eles na pesquisa e, por favor, falem bem da professora para seus filhos”. Hoje tenho um parecer escrito por uma mãe, sobre o trabalho desenvolvido até aqui que irei anexar junto ao relatório do estágio, essa fala sobre o trabalho que está sendo realizado e do progresso do filho durante o semestre, diz-se muito satisfeita e aprova a metodologia e as aprendizagens do filho.
Quando iniciei meus planejamentos para o estágio pretendia explorar as tecnologias para a construção de arquiteturas pedagógicas, contudo a escola não dispunha de laboratório de informática, o que me fez buscar estratégias criando arquiteturas que ao mesmo tempo socializavam e registravam o conhecimento, a aprendizagem e os trabalhos desenvolvidos. Cada grupo criou um “Blog” (usamos a mesma termologia da informática para irem se familiarizando) que nada mais era do que um álbum diário onde depositavam todos os resultados de suas pesquisas e suas construções. Os grupos comparavam seus “blogs”, trocavam informações e os instigavam a buscar mais informações, pois cada um queria completar ainda mais o seu “blog”. Outra arquitetura interessante foi o Diário de Bordo, onde cada aluno registrava diariamente suas reflexões daquela aula ou ação, assim além do registro desenvolveram a escrita e a síntese.
Com a metodologia dos PAs pude verificar que a interdisciplinaridade era uma constante, a partir das temáticas eleitas pelos grupos trabalhamos questões problemas envolvendo gráficos, linhas numéricas, conceitos de tempo e espaço, legendas, além da leitura e escrita. Os componentes curriculares perpassavam um pelo outro de forma harmônica interligando-se e complementando a pergunta curiosa.
Os PAs, proporcionou uma amostra do crescimento das crianças com o trabalho em grupo. Durante o processo percebemos a interação, a participação e a colaboração. A troca de saberes, a vontade de mostrar para os colegas o seu nível de conhecimento é constante. Percebemos que esses tornaram-se mais autônomos na busca de respostas as seus questionamentos, onde anteriormente a professora era quem dava o aval.


QUESTÃO 2:
Quanto mais reflito sobre minha prática docente, mais percebo o quanto é difícil para nós educadores de muitos anos de carreira, nos permitir a inovações, uma vez que exige desprendimento, querer vencer a barreira de enfrentar um novo desafio e principalmente sair do comodismo buscando estratégias que levem a um resultado surpreendente nas aprendizagens de nossos alunos.
Muitas vezes senti vontade de desistir, por ainda não ter encontrado a resposta que esperamos do nosso trabalho dentro de uma nova proposta que estamos experimentando. No decorrer das aulas eu acreditava estar de acordo com a metodologia dos PAs, mas havia sido vontade de inovar me fez pensar desta forma. Aprendi durante o período que vim tentando aplicar o Projeto de Aprendizagem e com as orientações da supervisão, é que o professor é apenas o orientador, que instiga a sua curiosidade, faz com que a curiosidade da criança fique aguçada para buscar respostas às suas perguntas. Acredito ter compreendido de fato sobre o que realmente é um projeto de aprendizagem.
Conforme Paulo Freire:
“É preciso (...) que o formando desde o princípio de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. (A Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários os práticos docentes).
A partir destas reflexões busquei estratégias para que nas próximas aulas meus alunos tivessem a liberdade de buscar por livre e espontânea vontade, assim assumi o papel de mera orientadora que incentivava na busca das respostas às suas curiosidades.
Foi bastante difícil para um professor com uma carreira de 22 anos de efetivo exercício no magistério assumir uma mudança em sua prática. Esta mudança não dependeu exclusivamente da nossa vontade, mas também transpor o hábito formado ao longo dos anos que sem percebermos caímos a praticar involuntariamente.
Durante as postagens de algumas fotos nas propostas de trabalhado, precisei ler várias vezes os planejamentos e relatório das aulas durante o período de estágio. Observando o projeto sobre “de onde vem à folha de desenho” passei a refletir sobre a metodologia aplicada durante este projeto, tendo consciência de minha resistência e o medo de mudar, busquei a vontade e a certeza que não é impossível quando queremos mudar.
O que faz que essa mudança aconteça somos nós educadores buscar na formação, capacitação para inovar de forma segura e não colocarmos em risco uma prática sem resultado positivo. Então retomei os estudos e as pesquisas realizadas a fim de me sentir apta e segura com o que iria propor. Observei colegas em início de carreira realizando um trabalho excelente em relação a sua prática sobre PAS, também me levou a questionar o porquê que eu com tantos anos de experiência ainda não contemplava esta metodologia satisfatoriamente. A partir de muitas reflexões decidi colocar em prática o que aprendi durante o curso.
Diante das orientações da supervisão do estágio, as aulas tomaram outros rumos, em relação a prática de Projetos de Aprendizagens, os alunos passaram a ter mais autonomia, liberdade de expressão, e o trabalho em grupo passou a fazer parte do dia a dia, e eu, a professora passei a aprender junto com os alunos.
Revendo o Projeto de Estágio, agora a partir do PA percebemos a diferença quando deixamos nossos alunos livres para buscar algo que lhe traz informações de forma satisfatória de encontro de seus interesses, e quando impomos algo que não interessa pra eles, logo podemos perceber a tranqüilidade de nossas aulas ou aula turbulenta sem resultado.
Quando chegamos ao final de um estágio, é comum nos sentirmos felizes e ao mesmo tempo preocupados, por não ter conseguido realizar um trabalho com Projetos de Aprendizagens desde o princípio. Nem sempre nossos objetivos de ensino são alcançados como esperamos que fosse ao começo de nossa prática, em relação ao que estudamos durante o curso, contudo nos satisfazemos de encontrar o caminho que gerou mudanças significativas em minha sala de aula e despertou o interesse pela descoberta da leitura não somente no mundo da escrita, mas também aprenderam a ler o mundo que os cerca.
Ousar e experimentar uma metodologia de Projetos de Aprendizagens me levou a muitas reflexões sobre minha ação pedagógica onde o ensino tradicional ainda persiste pela grande maioria dos professores, e que apesar dos meus esforços ainda acontece levemente a fusão do método tradicional na minha prática.
Digo levemente por que neste período letivo as aulas estão significativamente diferentes do início do estágio, aconteceram muitas mudanças positivas; os alunos discutem em grupo o que sabem e o que querem saber sobre a pergunta curiosa, combinam como irão buscar soluções para o que querem saber, buscam se organizar para chegarem a um consenso, distribuem tarefas entre si para buscar o que interessa para o grupo.
De certa forma, os Projetos de Aprendizagens vieram contribuir para que o ensino aconteça de forma que os alunos estejam sendo trabalhados para atuarem no mundo onde vivem como sujeito ativo, reflexivo e autônomo.
Reafirmamos em Freire:
O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira. De estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo. Conhecer o mundo (...) Ensinar, aprender e pesquisar lida com dois momentos: o em que se aprende o Conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente (p.31).

Para esse ensinar, exige que aceitemos os riscos do desafio do novo, enquanto inovador e enriquecedor, é acreditar na mudança e ter confiança que é sempre possível interferir na realidade, a fim de modificá-la. Portanto ensinar exige respeito á autonomia
do educando e o PA vem de encontro com essa idéia.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

princípios orientadores do currículo

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA, LICENCIATURA, GUIA ACADÊMICO
Respeito aos saberes provenientes da experiência de vida e trabalho das alunas(o)s-professoras(es).
"CONTINUEM" AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO, desenvolvido na relação entre os conhecimentos educacionais oriundos de práticas cotidiana de seus professores e os novos conhecimentos a eles apresentados.

décima semana

DÉCIMA SEMANA

PROJETOS DE APRENDIZAGENS

Quando chegamos ao final de um estágio, é comum nos sentirmos felizes e ao mesmo tempo preocupados, por não ter conseguido realizar um trabalho com Projetos de Aprendizagens conforme o mesmo exige que o faça.
Nem sempre nossos objetivos de ensino são alcançados como esperamos que fosse ao começo de nossa prática, em relação ao que estudamos durante o curso.
Ousar e experimentar uma metodologia de Projetos de Aprendizagens me levou as muitas reflexões sobre minha ação pedagógica onde o ensino tradicional ainda persiste pela grande maioria das escolas e que apesar dos esforços ainda acontece levemente à fusão do método tradicional em minha prática pedagógica.
Digo levemente por que neste período letivo as aulas estão significativamente diferentes do início do estágio, aconteceram muitas mudanças positivas; os alunos discutem em grupo o que sabem e o que querem saber sobre a pergunta curiosa, combinam como irão buscar soluções para o que querem saber, buscam se organizar para chegarem a um consenso, distribuem tarefas entre si para buscar o que interessa para o grupo.
De certa forma, os Projetos de Aprendizagens vieram contribuir para que o ensino aconteça de forma que os alunos estejam sendo trabalhados para atuarem no mundo onde vivem como sujeito ativo, reflexivo e autônomo.
O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira
De estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo,
Conhecer o mundo (...) Ensinar, aprender e pesquisar lida com dois momentos: o em que se aprende o
Conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente
(p.31).
Ensinar, para Freire, requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor, e
Rejeitar quaisquer formas de discriminação que separe as pessoas em raça, classes... É ter certeza de que
faz parte de um processo inconcluso, apesar de saber que o ser humano é um ser condicionado, portanto
há sempre possibilidades de interferir na realidade a fim de modificá-la. Acima de tudo, ensinar exige respeito á autonomia do ser do educando.

No início do estágio tive certa resistência em aplicar esta metodologia de PAS, pelo fato de entender que trabalhar com pesquisa seria somente para alunos que já dominavam a leitura e escrita, embora que fosse mecanicamente.
Hoje percebo que a leitura e a escrita se concretizam quando a linguagem oral tem significado para a criança.
Durante os projetos muitos alunos demonstraram saber ler e escrever através de suas ações nas amostrar registrada durante as atividades e nos relatos durante as trocas de opiniões entre eles.
Ao iniciar os projetos de Aprendizagens houve resistência por parte dos pais por não encontrarem nos cadernos dos seus filhos o alfabeto para encher as linhas ou “b+a=ba” como eles disseram que eles tinham aprendido assim, bem como os numerais etc.
Necessitei de muita coragem para ir em frente, pois os interrogatórios eram diários.
“Meus argumentos eram muitos, mas, o que mais acalmava os pais era quando eu dizia: Se chegar a julho seu filho não souber ler vocês me cobram, por enquanto ajudam eles na pesquisa e, por favor, falam bem da professora para seus filhos.”
Hoje tenho um parecer escrito por uma mãe, sobre o trabalho realizado até aqui que irei anexar junto ao relatório do estágio, onde a mesma fala sobre o trabalho que está sendo realizado e do progresso do filho durante o semestre. Muito satisfeita e aprovando a metodologia e as aprendizagens do folho.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Reflexões semana 9

REFLEXÕES DA SEMANA 9

Durante as postagens de algumas fotos nas propostas de trabalhado, precisei ler várias vezes os planejamentos e relatório das aulas durante o período de estágio. Observando o projeto sobre “de onde vem à folha de desenho” me fez refletir sobre a metodologia aplicada durante este projeto. Esta metodologia, nada mais é de uma forma tradicional de como aprendi durante minha vida como estudante e como aprendi no curso de magistério.
No curso de magistério se ouvia e estudávamos as teorias de Piaget, Emília Ferreiro, Paulo Freire etc., mas não exercitávamos na prática o que estudávamos a respeito.
Confesso que não é fácil a mudança de uma prática pedagógica aplicada a mais de 24 anos. Mas não é impossível quando queremos mudar. O que faz que essa mudança aconteça somos nós educadores ter formação, capacitação para inovar de forma segura e não colocarmos em risco uma prática sem resultado positivo. Precisamos nos sentir aptas e seguras naquilo que estamos nos propondo a fazer.
Observando colegas em início de carreira realizando um trabalho excelente em relação a sua prática sobre PAS, também me levou a questionar o porquê que eu com tantos anos de experiência ainda não contemplava esta metodologia satisfatoriamente.
A partir de muitas reflexões decidi colocar em prática o que aprendi durante o curso.
Diante das orientações da supervisão do estágio, as aulas tomaram outros rumos, em relação a pratica de projetos de Aprendizagens, os alunos passaram a ter mais autonomia, liberdade de expressão, e o trabalho em grupo passou a fazer parte do dia a dia, onde a professora aprende junto com os alunos.
Reiniciando o Projeto de aprendizagem percebemos a diferença quando deixamos nossos alunos livres para buscar algo que lhe traz informação de forma satisfatória. e quando impomos algo que não interessa pra eles, logo podemos perceber a tranqüilidade de nossas aulas ou aula turbulenta sem resultado.

domingo, 13 de junho de 2010

reflexões semana 8

REFLEXÕES DA SEMANA 8

Os percalços encontrados durante meu estágio me fizeram refletir ainda mais sobre minha prática pedagógica.
As razões que explicam minha resistência em não aplicar o PA no início do meu estágio têm haver com a forma como aprendi em minha vida escolar como estudante e também como professora de um longo período a mais de vinte e quatro anos de efetivo exercício no magistério.
Não se trata de uma simples mudança. Toda e qualquer mudança exige de cada um de nós muito preparo psicológico, muitas informações para que essas mudanças possam fluir positivamente.
Para que eu pudesse inovar minhas práticas foi essencialmente necessário me permitir que eu fosse capaz de inovar e deixar que meus alunos cresçam buscando sua autonomia através da confiança em si próprio.
Partindo das curiosidades dos alunos, permite que eles aprendam de forma interdisciplinar, vários conteúdos do interesse dos alunos aparecem naturalmente, onde professor somente guia, dirige, orienta, abre alas para os alunos irem em frente, professor e alunos aprendem juntos.
Com esta metodologia trabalha-se sem fronteiras. Um grupo pode estar apenas nas dúvidas e certezas provisórias enquanto o outro avançando disparada mente
Durante o desenvolvimento do PA acontecem mudanças importantes, muitas outras dúvidas surgem e novas buscas acontecem.
Nas séries iniciais um dos objetivos é levar os alunos a alfabetização, a metodologia de PA, favorece para alcançar este objetivo, pois as crianças escrevem palavras que tem sentido para elas aonde a escrita e a leitura vão acontecendo de maneira espontânea e não de forma mecânica como aprendemos o B+A=BA.
Está sendo muito mais produtiva as aprendizagens dos alunos. Os conteúdos como países, continentes e oceanos e mapa mundi já fazem parte do vocabulário dos alunos de 2º ano do Ensino Fundamental. Este trabalho envolve as famílias dos educandos, fazendo com que eles também participem do processo de aprendizagem de seus filhos. Em Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários a prática educativa, Paulo Freire diz: “O educador que “castra” a curiosidade do educando em nome da eficácia da memorização mecânica do ensino dos conteúdos, tolhe a liberdade do educando, a sua capacidade de aventurar-se. Não forma, domestica” (pág. 63). A autonomia a liberdade do educando tem que ser respeitada, caso contrário, o ensino tornar-se-á “inautêntico”, palavreado vazio e inoperante. (pág.69