quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Respeito a cultura, língua e identidade da comunidade surda-LIBRAS

Com base no texto de Harlan Lane, muitas escolas de surdos utilizam um ensino estruturado por ouvintes, não respeitando a cultura, a língua e identidade das pessoas surdas. Conhecer a história de surdos nos leva a refletir e questionar os diversos acontecimentos relacionados com a educação em diferentes épocas. Os surdos são vistos como tendo um acesso diferente ao mundo, o que implica em diferenças em relação aos ouvintes. Pelo fato de não ouvirem, os surdos constituem seu conhecimento de mundo através do canal visual e através de gestos, adquirem a língua de sinais sem dificuldade e esta vai possibilitar o desenvolvimento tanto dos aspectos cognitivos, como emocionais e linguisticos.O fato do professor de classe comum não estar preparado para receber o aluno surdo é realidade , e acontece com a maioria dos professores de escola regular. Quando o professor recebe este aluno muitas vezes exibe idéias preconcebidas ou concepções equivocadas a respeito da surdes, muitas vezes atribuindo imagens depreciativas.Estas imagens se refletem na própria postura do professor frente a suas ações em relação às crianças.Durante os estudos realizados em LIBRAS, procurei observar uma escola onde a mesma oferecia atendimento diferenciado a uma turma de alunos surdos, com professor capacitado que utiliza o método da língua de sinais, os alunos estão integrados ao mesmo espaço físico e com horário paralelo a outras turmas de não surdos, alguns participam do grêmio estudantil e da organização dos eventos da escola com; festa junina, dia do estudante, jogos, desfiles, entre outros. Analisando esta escola oferece uma educação que visa a integração e respeita a cultura e a identidade desta comunidade surda.

domingo, 1 de novembro de 2009

AS IDÉIAS DE PAULO FREIRE

REFLEXÃO SOBRE OS TEMAS GERADORES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

A partir das leituras sugeridas podemos compreender as idéias inovadoras de Paulo Freire que começaram a ganhar forças no início dos anos 60. Freire afirmava que professor e alunos são sujeitos na prática educativa, isto é ambos aprendem juntos. Ressaltava que o conhecimento não era uma receita pronta que poderia ser despejado na cabeça de quem não sabia. Criticava o conhecimento “bancário”, conhecimento depositado na expectativa de um momento apropriado para ser utilizado, ao mesmo tempo salientava a necessidade do conhecimento para compreender e transformar a realidade.
A pedagogia que nascia com Freire trazia uma transparente opção política a favor dos mais pobres, os oprimidos. Suas idéias partiam de uma análise crítica da escola e da sociedade brasileira no qual ganhou adesões e repulsas.
Paulo Freire que professores e alunos são diferentes, e é bom que o sejam, mas não desiguais. Nenhum deles é mais que o outro. O professor não é mais que o aluno porque sabe coisas que os alunos não sabem, mesmo porque os alunos também sabem coisas que o professor não sabe. O fato de que alguns conhecimentos do professor sejam socialmente mais valorizados não significa que o professor seja superior aos alunos.
“Paulo dizia: todo educador ou educadora só se torna, de fato, educador ou educadora na relação com seus educando.” A sala de aula é um espaço privilegiado de troca de saberes. Para ele este aprender tão fundamental para a educadora, ou educador, se referia a própria prática de aprender a ensinar.
Ficar refletindo e aprofundar apenas o que já é conhecido do aluno sem avançar sobre o que é desconhecido dele, certamente não é uma pedagogia inspirada em Paulo Freire. Partir dos conhecimentos do educando ir além. Considerava o conhecimento trazido pelos alunos indispensáveis para a construção de novos conhecimentos.
Não podemos esquecer que Paulo buscava uma educação que tivesse no diálogo um dos seus elementos essenciais. Ora, colocar os alunos dentro deste diálogo significa, antes de qualquer coisa, trazer para sala de aula assuntos sobre os quais eles teriam o que dizer. Daí a pesquisa do universo vocabular e a escolha de temas geradores.
Em lugar de comunicar-se, o educando faz “comunicados” e depósitos que o educando, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção “bancária” da educação, em que a única margem de ação que se oferece ao educando é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los.
“Na visão “bancária” da educação, o “saber” é uma doação dos que julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão-a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro [...].”.

REFERÊNCIAS:
-A dialocidade-essência da educação como prática da liberdade. IN: Pedagogia do Oprimido. 40º edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.p.89-101.
Paulo Freire: a leitura do mundo; Frei Betto.

Seminário Integrador

PROJETO DE APRENDIZAGEM
Através da experiência prática com os projetos de aprendizagens no decorrer do curso foi possível vivenciar momentos de muitas dúvidas e certezas quanto o que realmente é um projeto de pesquisa. Houve modificações do pensamento no sentido que passei a considerar que o ponto de partida para uma pesquisa devem ser a sondagem e o levantamento de curiosidades existentes em cada aluno onde o projeto de aprendizagem vai ser gerado pelos conflitos, pelas perturbações, neste sistema de significações que constituem o conhecimento particular do aprendiz no qual surge questões curiosas que dará o ponto de partida à pesquisa. Diante da questão inicial surgem as certerzas e as dúvidas a respeito do determinado tema. Na medida que as investigações avançam nos PAS, naturalmente vão surgindo novos questionamentos, daí nossas certezas iniciais poderão se tornar dúvidas. Não podemos afirmar que somente as dúvidas nos levarão à novas aprendizagens, já que as certezas quando reelaboradas e resignificadas acabam também nos conduzindo à novas aprendizagens. É importante destacar a necessidade de um planejamento para darmos início ao trabalho de pesquisa. O plenejamento facilita o trabalho, proporciona tranquilidade e aproveita-se melhor o tempo. É através do plano de ação que vamos organizar o PA. Determina-se metas, prioridades, recursos nescessários, população alvo para assim chegar ao ponto significativo da pesquisa. Dentro da pergunta inicial é preciso perceber a essência da pergunta, o que realmente queremos saber. Quais são nossas certezas e quais nossas dúvidas a respeito do tema. É pela investigação, observação que nossas certezas passam a ser dúvidas.Através do mapa conceitual podemos visualizar os conceitos evidenciados na pesquisa. O mapa permite a visibilidade à rede de significações construidas de forma mais ampla. O trabalho com projetos de aprendizagens deve ser considerado o conhecimento prévio dos alunos onde os mesmos colocam tudo o que sabem a respeito do tema. Nesse campo surge conflitos que possibilita a interação com o desconhecido ou com novas situações para que o indivíduo se aproprie do novo conhecimento.É desistimulador trabalhar em cima de um tema sem problematizá-lo e questioná-lo. Um projeto de aprendizagem visa dar possibilidade de se trabalhar em cima de hipóteses e estratégias a partir de uma pergunta curiosa.

domingo, 11 de outubro de 2009

PRÁTICAS DE LETRAMENTO

PRÁTICAS, AÇÕES E ESTRATÉGIAS DE LETRAMENTO.

Apesar de muitos anos de trabalho docente minhas experiências anteriores foram de 3ª série em diante. Como estou cursando pedagogia tive a oportunidade de entrar em contato com a literatura sobre a psicogênese da escrita, especialmente com as idéias de Emília Ferreiro, Paulo Freire, me permiti assumir uma turma de 1º ano, na faixa etária dos seis anos, pois a vasta produção científica atual sobre alfabetização, leitura e letramento me deu suporte para encarar a prática da alfabetização.
Embora tenha me esforçado para que minhas práticas pedagógicas estejam dentro do modelo pedagógico construtivista piagetiano de Ferreiro, muitas vezes crio fusões com diversos métodos e também com experiências já vividas anteriormente.
Os estudos realizados me possibilitaram a compreender e intervir na aprendizagem, ou mesmo de avaliar o aluno que se encontra na fase pré-silábica ou silábica em relação aos alunos que já estão ao domínio da base alfabética.
Outro ponto interessante é que passei a permitir a presença da escrita espontânea, onde algumas crianças façam suas escritas usando letras sem valor sonoro convencional, ou escritas silábicas (cada letra com valor sonoro convencional, ou escrita silábica (cada letra com valor sonoro de uma sílaba) sem serem censuradas).
Em síntese o caminho que encontrei para trabalhar dentro da proposta construtivista foi:
Seguir a rotina de trabalho;
1º momento: As crianças se organizam em forma de círculo para a hora das novidades, do conto, das perguntas. Este momento não tem um horário fixo para terminar depende do interesse do grupo e da capacidade de concentração da turma. Este é o momento mais interessante da aula, daí é que surge a palavra chave. Partindo da palavra chave, seu significado despertando na criança a curiosidade e a pesquisa. Procuro ficar atenta à realidade dos meus alunos, busco descobrir acontecimentos importantes no município e que desperte a curiosidade dos alunos. Como exemplo disso pode se citar o Festival Internacional do Balonismo em Torres. É impossível deixar de lado um evento tão importante para toda a população jovem, adulta e criança. O projeto Balonismo é lançado e partir daí surgem à contextualização. A palavra chave “Balonismo” traz outras várias palavras chaves a partir dos relatos das crianças na hora do conto, das novidades e das perguntas.

A DIDÁTICA DE COMENIUS

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO.

Através das leituras sugeridas na interdisciplina, pode-se compreender o desenvolvimento histórico do processo da leitura e escrita, tendo como marco inicial a organização do trabalho pedagógico proposto por Comênio.
Em 1658 sai a primeira obra em que são usadas as imagens como meio pedagógico. “Orbis Pictus”, o mundo em imagens. Comênio é o pioneiro no uso dos meios audiovisuais no ensino no qual procura facilitar o trabalho do professor através do material didático como recurso de ensino.
A mais importante obra de Comênius foi a Didática Magna, onde ele defende a natureza e que o homem deve valorizar e não tornar posse dela, destruindo-a completamente.
Outro ponto interessante é o saber histórico construído pela humanidade, passando também a idéia de que todos devem ter acesso ao saber.
Na visão de Coênius o livro didático deve partir de alguns princípios: deveria ser escrito em uma linguagem familiar e comum; ser elaborado em forma de diálogo, haveria necessidade de uma representação. Sendo assim, Comenius propõe que também nas salas, deveriam ser pintadas nas paredes, resumos ou ilustrações de textos com os quais os sentidos, a memória e o intelecto dos alunos poderiam se exercitar.
O livro didático passa a ser usado como um manual específico de práticas pedagógicas, sendo de uso essencial para o professor, deixando de lado as decorebas das antigas cartilhas.

ALFABETIZAÇÃO

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO.

ALFABETIZAÇÃO E A PEDAGOGIA DE EMPODERAMENTO POLÍTICO de Henry A Giroux.

O Mestre Paulo Freire trata do conceito de Alfabetização com muita convicção, salientando a emancipação do indivíduo e não como uma forma mecânica de decifrar código totalmente descontextualizado.
Nas obras de Freire fica tudo muito claro a não necessidade de metodologias específicas, mas considerar o contexto do indivíduo para que a alfabetização aconteça.
Portanto a alfabetização deve possibilitar no indivíduo a capacidade de ver o mundo com espírito crítico, saber argumentar tirar suas próprias conclusões e perceber que a sociedade é um processo em constante transformação.
O papel da educação é formar cidadãos capazes de exercer sua autonomia.
Freire aponta o diálogo como condição fundamental no processo de alfabetização, pois são através das falas dos alunos que se podem perceber suas expressões culturais.
O autor no texto coloca que “o pedagógico torne-se mais político e o político mais pedagógico o mesmo trata da alfabetização e da pedagogia para o empoderamento. Segundo professora Anézia,” o sentido do poder é essencialmente social, pois uma pessoa se fortalece quando o seu ser social supera o ser individual. Isso se torna possível quando o homem tiver reconhecido e organizado suas próprias forças como forças sociais de tal modo que a força social não mais se separe dele na forma política, assim a emancipação humana será possível, ela se dá por meio da transformação da sociedade que oprime.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

LINGUAGEM E EDUCAÇÃO

A cada dia se intensificam os debates sobre alfabetização e letramento e novas perspectivas são apontadas. Os textos de consultas nos apresentados nos esclarecem muitas dúvidas sobre tais conceitos que até então nos deixavam um tanto confusos.
Segundo Magda Soares (1988) faz uma distinção relevante entre alfabetização e letramento.
Alfabetização corresponde ao processo pelo qual se adquire uma tecnologia- a escrita alfabética e as habilidades de utilizá-la para ler e para escrever. Dominar tal tecnologia envolve conhecimentos e destrezas variadas, como compreender o funcionamento do alfabeto, memorizar as convenções, letra-som e dominar seu traçado, usando instrumentos como lápis, papel ou outros que o substituem.
Letramento, relaciona-se ao exercício efetivo e competente daquela tecnologia da escrita, nas situações em que precisamos ler e produzir textos reais.
Ainda segundo Magda Soares, (1988, p.47), "alfabetizar e letrar são duas ações, distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita".

PROJETO DE APRENDIZAGEM - 2009

Os PAS, me oportunizaram a repensar sobre minha prática pedagógica, sobre o quanto é importante preparar nossos alunos para o trabalho de equipe desde os primeiros anos de escolaridade. Nessa experiência, podemos perceber o quanto é difícil a interação com os demais, saber compartilhar das idéias alheias, respeitando e chegar a uma conclusão coletiva, quando não fomos preparados para esse trabalho.