sábado, 20 de novembro de 2010

Projetos de Aprendizagem e Projeto de Ensino são diferentes

É POSSÍVEL TRABALHAR PAS, COM ALUNOS DE 2º ANO?

Após ter experimentado a metodologia com Projetos de Aprendizagens, com alunos de 2º ano das séries iniciais, durante o período de estágio do curso de Pedagogia foi possível continuar desenvolvendo essas práticas durante o ano por ser a professora da turma e principalmente por ter despertado o interesse dos alunos pela pesquisa e também a participação da família nas atividades. Logo ao término do estágio os alunos não se deram por satisfeitos muitos outros PAS foram surgindo, mas com mais fluência tanto por parte dos alunos na busca das informações e por parte da professora em conduzir os alunos à pesquisa.
Foram muitos desafios ao longo do caminho. Além de o professor estar enfrentando uma forma de trabalhar muito diferente do que vinha sendo acostumado a trabalhar tinha que também saber lidar com a direção, supervisão, e orientação educacional que desconhecem a metodologia bem como os pais que todo dia na porta querendo saber do caderno que não estava cheio de letras para completar as linhas do caderno, ou melhor, escrever de forma mecânica, levando-me a comprometer que meus alunos deveriam chegar ao final do ano lendo e escrevendo.
Hoje quase no término do ano letivo, em uma turma de 20 alunos, somente três alunos que não estão alfabetizados, o restante escreve verdadeiros textos, com alto grau de informatividade utilizam elementos de coesão que dão coerência e continuidade a narração, conforme os exemplos que irei expor no tcc.
Ao retomar os estudos no Enfoque 6 - Disciplina de Didática, relendo o texto “Os Projetos de Trabalho: Uma forma de organizar os conhecimentos escolares”. HERNANDES, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. In-A organização do currículo por Projetos de Trabalho. 5ª ed., Porto Alegre: Artmed ,1998, Pode-se compreender a diferença entre Projetos de Aprendizagens e Projetos de Ensino bem como comparar a estrutura de planejamento entre ambos e como se processam as práticas pedagógicas.
Buscou-se embasamento em “Arquiteturas Pedagógicas para a Educação à distância, concepções e suporte Telemático; Marie Jane Carvalho, Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Menezes”, que nos leva a compreender que o trabalho com Projetos de Aprendizagem deve ser considerado o conhecimento prévio dos alunos pesquisadores , no qual os mesmos colocam tudo o que sabem sobre o tema. Neste campo surgem muitos conflitos possibilitando a interação com o desconhecido ou com novas ou com novas situações para que o indivíduo se aproprie do novo conhecimento. É desestimulador trabalhar em cima de um tema sem problematizá-lo e questiona-lo. Um projeto de aprendizagem visa dar possibilidade de se trabalhar em cima de hipóteses e estratégias a partir de uma pergunta curiosa.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Práticas pedagógicas com Projetos de Aprendizagens

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM PROJETOS DE APRENDIZAGENS

Durante a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, enfoque 6- Pedagogia de Projetos, percebi como aconteceram as primeiras aulas do período de estágio no qual as práticas estavam relacionadas conforme os autores descritos na postagem sobre Ensino por Projetos e Projetos de Aprendizagens.
. Como tudo que é novo assusta a prática de Projeto de Aprendizagens, PAS não foi possível ser aplicada desde o início do estágio pelo fato de não reconhecer a diferença entre Ensino por Projetos e Projetos de Aprendizagens. Durante o curso a interdisciplina do Seminário Integrador nos possibilitou as práticas com PAS, mas para um professor de muitos anos de carreira não foi fácil permitir que uma nova metodologia pudesse acontecer de forma satisfatória, o qual justifica minha resistência no início do estágio. A partir da visita da orientadora do estágio e de suas interferências é que me dei conta que as práticas estavam acontecendo através de Ensino por Projetos conforme os autores citados anteriormente.
Foi então que no dia 12 de junho é que entendi que o trabalho com PAS deveria tomar outro rumo. Os temas partem da necessidade, da curiosidade e desejos do aluno, percebidos pelo professor, onde o mesmo faz o papel de mediador e assim vai viabilizando e organizando o trabalho através das observações da turma para assim perceber o que está despertando o interesse das crianças.
Os temas surgem, através das rodas de conversas, pois este é um momento muito importante da rotina de trabalho onde o papel do professor é instigar ainda mais a curiosidade dos alunos e os conteúdos da série vão sendo desenvolvidos durante o PAS.

Atividade de outubro- letramento

SEMANA 1 NOVEMBRO
Letramento
Durante a elaboração do trabalho de conclusão de curso inúmeras reflexões surgiram a respeito dos estudos realizados em todas as áreas do conhecimento. Nesse momento busquei registros nos arquivos da interdisciplina “Educação de Jovens e Adultos” que me fizeram encontrar nas citações de Marta Kohl os conceitos de alfabetização e letramento embora não mencionado por ela, mas que está subentendido.
Marta Kohl (PROFA, 2000) diz que “[...] o adulto tem conhecimento acumulado, tem uma relação com o mundo que é muito mais sofisticada do que a das crianças. Não é sofisticada em termos de escolares, mas é em termos de desenvolvimento humano. E a escola precisa estar ajustada a essa cabeça adulta”.
Segundo a autora, os jovens e os adultos trazem consigo, uma história mais longa e mais complexas de experiências, conhecimentos acumulados fazendo com que ele traga consigo diferentes habilidades e dificuldades em comparação com a criança, e, provavelmente mais capacidade de reflexão sobre o conhecimento e sobre seus próprios processos de aprendizagens. Pode-se dizer que o processo de letramento é um processo que se estende por todos os anos de escolaridade e, por toda a vida.
É possível confrontar diferentes realidades, como por exemplo, o “letramento social” com o “letramento escolar”; analisar particularidades culturais, como por exemplo, o “letramento das comunidades operárias da periferia de São Paulo”, ou ainda compreender as exigências de aprendizagem em uma área específica, como é o caso do “letramento científico”, “letramento musical” o “letramento da informática ou dos internautas”. Em cada um desses universos, é possível delinear práticas (comportamentos exercidos por um grupo de sujeitos e concepções assumidas que dão sentidos a essas manifestações) e eventos (situações compartilhadas de usos da escrita) como focos interdependentes de uma mesma realidade (Soares, 2003).
De acordo com Soares, podemos citar o exemplo do arquiteto e o engenheiro. O arquiteto com seu letramento ao planejar uma obra dentro das exigências e das normas estabelecidas na área da arquitetura e o pedreiro com seu letramento executam a obra planejada. Perguntamos qual é a tarefa mais importante? A do arquiteto ou a do pedreiro? Quem é o mais letrado? É óbvio que cada sujeito tem sua especificidade e ao mesmo tempo compartilham da mesma realidade.