quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

auto avaliação

AUTO-AVALIAÇÃO
O curso de Pedagogia era uma meta muito esperada ao longo dos anos como professora. Quase no final de carreira este sonho começa a se realizar. Chegar à aposentadoria com nossos objetivos alcançados é renovar-se, acreditando que ainda temos muito que aprender e muito a ensinar. Reciclar deixa as coisas que já estavam sem uso, ou melhor, acomodadas no seu canto, tornar-se úteis novamente. Assim percebi que como pessoa também poderia acontecer uma forma de reciclagem em função da necessidade de acompanhar o ritmo acelerado dos alunos a quem devo uma formação profissional competente. Para ser essa profissional competente e atuar numa realidade em permanente transformação foi necessário retornar aos bancos escolares e começar a busca de respostas para muitas perguntas que já há muito tempo eram almejadas.
Apesar dos percalços durante a caminhada, foi possível acompanhar o ritmo de uma faculdade à distância no qual tivemos que nos dispor a aceitar uma metodologia que nos levasse a adquirir as habilidades de usar uma ferramenta que até então não éramos acostumados a lidar permitindo-nos trilhar por caminhos que não conhecíamos. Confesso que não foi tarefa fácil, mas possível pelo fato de poder usufruir de subsídios e orientações técnicas por parte dos professores, tutores, que permitiram o desenvolvimento das atividades on-line que de certa forma foi presencial pelo fato de estarmos presente nas atividades através dos chats, dos fóruns e nos ambientes de trabalho on-line, onde deveríamos apresentar nossas produções e através delas nossas aprendizagens. A interação entre professores, tutores e colegas do curso eram uma constante, a comunicação via MSN, E-mail acontecia frequentemente. No meu ponto de vista, qualquer pessoa que se dispõe a fazer uma faculdade à distância on-line deve ter no mínimo um curso de informática básico, para poder usufruir e acompanhar o ritmo dos que já dominam a tecnologia com maior desempenho. A auto-avaliação surgia a todo instante, a cada estudo realizado levavam a perceber meu desempenho e as dificuldades, tanto como pessoa e como profissional. As aulas começaram a tomar outros rumos quanto à metodologia de trabalho em sala de aula principalmente em reconhecer que nem todos os alunos aprendem do mesmo jeito ao mesmo tempo.
Mesmo sabendo que nem todas as escolas não estão equipadas suficientemente ou até não possuírem uma sala de tecnologia a disposição da comunidade escolar, o curso nos deu a oportunidade de avançar no conhecimento tecnológico e saber usar essa ferramenta nos deixando aptos a trabalharmos com nossos alunos no momento oportuno, elevando o nível de letramento virtual. Apesar de ter consciência que se eu tivesse buscado mais ajuda na busca de informações sobre o uso das ferramentas virtuais e dos ambientes de trabalho junto às tutoras do pólo fora dos dias das aulas presenciais, o aprendizado nessa área do conhecimento seria bem mais produtivo.
É difícil diante da realidade escolar a que vivemos valorizar os recursos tecnológicos educacionais se a comunidade escolar convive com um modelo educacional que não absorve esses recursos para concretizar a inovação pedagógica tão desejada.
O seminário Integrador nos proporcionou uma busca às reflexões anteriormente realizadas. Essas idas e vindas aos portfólios de aprendizagens, nos fizeram rever conceitos que pensávamos que já estavam compreendidos, mas a partir da releitura pode-se perceber a necessidade de buscar outras fontes para novos questionamentos. Os estudos teóricos sobre os conceitos de alfabetização e letramento foi possível vivenciar em minhas práticas pedagógicas durante um trabalho voltado para as práticas de leitura, escrita e oralidade, compreendendo as habilidades que competem à alfabetização e letramento. Entre tantos os conceitos esses foram os que tiveram relevância durante todos os estudados durante as reflexões em todas as disciplinas.
Sinto-me vencedora e feliz por saber que muito aprendi e que estou me sentindo aguçada a buscar mais, quem sabe uma pós-graduação.

sábado, 20 de novembro de 2010

Projetos de Aprendizagem e Projeto de Ensino são diferentes

É POSSÍVEL TRABALHAR PAS, COM ALUNOS DE 2º ANO?

Após ter experimentado a metodologia com Projetos de Aprendizagens, com alunos de 2º ano das séries iniciais, durante o período de estágio do curso de Pedagogia foi possível continuar desenvolvendo essas práticas durante o ano por ser a professora da turma e principalmente por ter despertado o interesse dos alunos pela pesquisa e também a participação da família nas atividades. Logo ao término do estágio os alunos não se deram por satisfeitos muitos outros PAS foram surgindo, mas com mais fluência tanto por parte dos alunos na busca das informações e por parte da professora em conduzir os alunos à pesquisa.
Foram muitos desafios ao longo do caminho. Além de o professor estar enfrentando uma forma de trabalhar muito diferente do que vinha sendo acostumado a trabalhar tinha que também saber lidar com a direção, supervisão, e orientação educacional que desconhecem a metodologia bem como os pais que todo dia na porta querendo saber do caderno que não estava cheio de letras para completar as linhas do caderno, ou melhor, escrever de forma mecânica, levando-me a comprometer que meus alunos deveriam chegar ao final do ano lendo e escrevendo.
Hoje quase no término do ano letivo, em uma turma de 20 alunos, somente três alunos que não estão alfabetizados, o restante escreve verdadeiros textos, com alto grau de informatividade utilizam elementos de coesão que dão coerência e continuidade a narração, conforme os exemplos que irei expor no tcc.
Ao retomar os estudos no Enfoque 6 - Disciplina de Didática, relendo o texto “Os Projetos de Trabalho: Uma forma de organizar os conhecimentos escolares”. HERNANDES, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. In-A organização do currículo por Projetos de Trabalho. 5ª ed., Porto Alegre: Artmed ,1998, Pode-se compreender a diferença entre Projetos de Aprendizagens e Projetos de Ensino bem como comparar a estrutura de planejamento entre ambos e como se processam as práticas pedagógicas.
Buscou-se embasamento em “Arquiteturas Pedagógicas para a Educação à distância, concepções e suporte Telemático; Marie Jane Carvalho, Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Menezes”, que nos leva a compreender que o trabalho com Projetos de Aprendizagem deve ser considerado o conhecimento prévio dos alunos pesquisadores , no qual os mesmos colocam tudo o que sabem sobre o tema. Neste campo surgem muitos conflitos possibilitando a interação com o desconhecido ou com novas ou com novas situações para que o indivíduo se aproprie do novo conhecimento. É desestimulador trabalhar em cima de um tema sem problematizá-lo e questiona-lo. Um projeto de aprendizagem visa dar possibilidade de se trabalhar em cima de hipóteses e estratégias a partir de uma pergunta curiosa.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Práticas pedagógicas com Projetos de Aprendizagens

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM PROJETOS DE APRENDIZAGENS

Durante a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, enfoque 6- Pedagogia de Projetos, percebi como aconteceram as primeiras aulas do período de estágio no qual as práticas estavam relacionadas conforme os autores descritos na postagem sobre Ensino por Projetos e Projetos de Aprendizagens.
. Como tudo que é novo assusta a prática de Projeto de Aprendizagens, PAS não foi possível ser aplicada desde o início do estágio pelo fato de não reconhecer a diferença entre Ensino por Projetos e Projetos de Aprendizagens. Durante o curso a interdisciplina do Seminário Integrador nos possibilitou as práticas com PAS, mas para um professor de muitos anos de carreira não foi fácil permitir que uma nova metodologia pudesse acontecer de forma satisfatória, o qual justifica minha resistência no início do estágio. A partir da visita da orientadora do estágio e de suas interferências é que me dei conta que as práticas estavam acontecendo através de Ensino por Projetos conforme os autores citados anteriormente.
Foi então que no dia 12 de junho é que entendi que o trabalho com PAS deveria tomar outro rumo. Os temas partem da necessidade, da curiosidade e desejos do aluno, percebidos pelo professor, onde o mesmo faz o papel de mediador e assim vai viabilizando e organizando o trabalho através das observações da turma para assim perceber o que está despertando o interesse das crianças.
Os temas surgem, através das rodas de conversas, pois este é um momento muito importante da rotina de trabalho onde o papel do professor é instigar ainda mais a curiosidade dos alunos e os conteúdos da série vão sendo desenvolvidos durante o PAS.

Atividade de outubro- letramento

SEMANA 1 NOVEMBRO
Letramento
Durante a elaboração do trabalho de conclusão de curso inúmeras reflexões surgiram a respeito dos estudos realizados em todas as áreas do conhecimento. Nesse momento busquei registros nos arquivos da interdisciplina “Educação de Jovens e Adultos” que me fizeram encontrar nas citações de Marta Kohl os conceitos de alfabetização e letramento embora não mencionado por ela, mas que está subentendido.
Marta Kohl (PROFA, 2000) diz que “[...] o adulto tem conhecimento acumulado, tem uma relação com o mundo que é muito mais sofisticada do que a das crianças. Não é sofisticada em termos de escolares, mas é em termos de desenvolvimento humano. E a escola precisa estar ajustada a essa cabeça adulta”.
Segundo a autora, os jovens e os adultos trazem consigo, uma história mais longa e mais complexas de experiências, conhecimentos acumulados fazendo com que ele traga consigo diferentes habilidades e dificuldades em comparação com a criança, e, provavelmente mais capacidade de reflexão sobre o conhecimento e sobre seus próprios processos de aprendizagens. Pode-se dizer que o processo de letramento é um processo que se estende por todos os anos de escolaridade e, por toda a vida.
É possível confrontar diferentes realidades, como por exemplo, o “letramento social” com o “letramento escolar”; analisar particularidades culturais, como por exemplo, o “letramento das comunidades operárias da periferia de São Paulo”, ou ainda compreender as exigências de aprendizagem em uma área específica, como é o caso do “letramento científico”, “letramento musical” o “letramento da informática ou dos internautas”. Em cada um desses universos, é possível delinear práticas (comportamentos exercidos por um grupo de sujeitos e concepções assumidas que dão sentidos a essas manifestações) e eventos (situações compartilhadas de usos da escrita) como focos interdependentes de uma mesma realidade (Soares, 2003).
De acordo com Soares, podemos citar o exemplo do arquiteto e o engenheiro. O arquiteto com seu letramento ao planejar uma obra dentro das exigências e das normas estabelecidas na área da arquitetura e o pedreiro com seu letramento executam a obra planejada. Perguntamos qual é a tarefa mais importante? A do arquiteto ou a do pedreiro? Quem é o mais letrado? É óbvio que cada sujeito tem sua especificidade e ao mesmo tempo compartilham da mesma realidade.

sábado, 9 de outubro de 2010

Modelos de Letramento

MODELO AUTÔNOMO E MODELO IDEOLÓGICO DE LETRAMENTO

Nos estudos realizados na interdisciplina de Linguagem e educação, o texto “Modelos de Letramento” Kleiman (1995), apresenta as duas concepções de letramento postuladas por street (1984) denominados Modelo Autônomo e Modelo Ideológico.

Complementando a reflexão postada anteriormente sobre Modelos de Letra mento, pude ter uma experiência significativa em minha prática pedagógica durante o estágio do curso de pedagogia, onde os alunos demonstraram através das atividades de pesquisa que se configuraram como uma forma mais próxima ao Modelo Ideológico. Entre tantas experiências destaco: Foram proporcionados momentos específicos para as pesquisas, com a finalidade de promover a aproximação entre alunos e livros despertando neles o interesse pela leitura e por assuntos de suas escolhas e criar discussões entre eles das leituras feitas. Os alunos tiveram a disposição diversos tipos de livros na biblioteca da sala de aula bem como a liberdade de circularem até os ambientes de leitura da escola como a biblioteca do CAT, e a biblioteca central da escola. Após as leituras os alunos escreveram textos de forma coletiva, onde eles foram dando sentido e significados ao tema sobre o qual estavam pesquisando. Foram muitas as trocas, as relações que os alunos mantêm entre si neste momento, bem como desenvolveram habilidades de produzirem e ouvirem textos orais e escritos de diferentes tipos/gêneros.
Essa foi uma prática bem diferente das que aprendi e acostumava vivenciar ao longo dos anos de professora. Foi difícil compreender e aceitar uma metodologia inovadora que leva o educando a construir seu saber de maneira tão produtiva.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

FICHAMENTO LIVRO -Alfabetização e Letramento

FICHAMENTO DO LIVRO ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DE MAGDA SOARES
SOARES, Magda.
Alfabetização e Letramento/ Magda Soares. 6.ed. São Paulo: CONTEXTO 2010

A AUTORA
Magda Soares, graduada em Letras e doutora e livre-docente em Educação pela Universidade de Minas Gerais (UFMG), é professora titular emérita da faculdade de Educação dessa Universidade, pesquisadora do centro de Alfabetização, Leitura e Escrita-CEALE-dessa Faculdade, autora de diversos livros e artigos sobre ensino de Português ( alfabetização, letramento, leitura e produção textual), e de coleções didáticas para o ensino de Português no nível fundamental.
Foi publicado pela Editora Contexto em 2010, o livro Alfabetização e Letramento de autoria de Magda Soares, onde a mesma propõe releituras de artigos sobre os temas de alfabetização e letramento publicados ao longo período de 13 anos- de 1985à 1998. O neologismo releituras segundo a autora, pretende mostrar não leituras repetidas desses artigos já anteriormente publicados, mas leituras renovadas tanto para quem os escreveu como para quem os lêem com um olhar voltado para o presente.
A obra apresenta três partes bem distinta.
Na primeira parte, a autora aborda o conceito de alfabetização sob diferentes perspectivas teóricas, no qual em seus artigos discute concepções de Alfabetização e Letramento e chama atenção para a complexidade do conceito de alfabetização e letramento, direcionando para a necessidade de ser abordado e compreendido de maneira multidisciplinar.
Na segunda parte, reúne artigos voltados para uma reflexão crítica sobre a prática de alfabetização e letramento, desvelando a função politicamente distorcida dos programas de acesso à leitura e à escrita. Questiona a separação entre o processo da alfabetização e a conquista da cidadania e, por fim, explicita o abismo entre o discurso oficial da escola e o das crianças pertencentes às camadas populares, denunciando, por meio de textos baseados em estudos e pesquisas do desenvolvimento de habilidades textuais em crianças de diferentes classes sociais o processo de aprendizagem de uma escrita que nega o direito de usá-la para dizer sua própria palavra.
A terceira parte da obra a autora apresenta apenas um artigo onde faz a integração entre concepções e práticas de letramento. Relembrando e reafirmando a importante contribuição da teoria pedagógica de Paulo Freire à educação e a alfabetização.
A autora coloca ao lado de cada texto, um para texto contendo comentários que mostram a releitura que a autora faz no presente, informando ao leitor quando e onde foi publicado originalmente e aponta suas relações com outros textos da coletânea.
As temáticas abordadas na obra trazem informações relacionadas ao processo de apresentação da linguagem escrita indicada a todos os educadores considerando que no contexto atual os conceitos e fatos abordados ao longo dos textos são de grande importância para debates e discussões nos dias atuais.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

LETRAMENTO VOLTADO AS PRÁTICAS SOCIAIS DE ESCRITA

LETRAMENTO VOLTADO PARA AS PRÁTICAS SOCIAIS


Ao iniciar o estágio com a turma se 2º ano do Ensino Fundamental, a escrita partiu do método sintético, trabalhando com fragmentos da língua, iniciando o processo de alfabetização com um tema gerador programado para dez dias ou quinze dias.
Já quase na metade do estágio é que percebi que alfabetizar letrando não poderia ser da maneira que eu aprendi e como estava acostumado trabalhar e foi então que decidi a dar início à metodologia de Projetos de Aprendizagens e então me permitir a inovar.
Procurei atender essa demanda em minha turma de estágio experienciando situações que envolveram as diferentes linguagens de forma crítica, respeitando a heterogeneidade, as diferenças e necessidades individuais e principalmente considerando o erro, na elaboração da escrita, como parte do processo na construção textual dos alunos.
Confesso que não foi uma tarefa fácil, os desafios foram muitos, a começar pela família que não estava acostumada a ver as crianças falar em ter que pesquisar e buscar algo sem saber ler e escrever sendo necessário muito diálogo e também afirmar que o desconhecido era um método onde crianças iriam aprender mais e garantir que no final seus filhos iriam sair lendo e escrevendo.
Os alunos de certa forma também demonstraram certa resistência no início, pois não estavam acostumados a trabalharem desta maneira até que com muita determinação pode-se fazer um trabalho que despertassem neles a auto confiança e a buscar autonomia e assim começaram a tomar iniciativa.
Durante os PAS, os alunos aprenderam a representar, estabelecendo relações com o contexto, formularam hipóteses e muitos erros serviram para que eles avançassem para entender o sistema de representação da escrita e não apenas como um código isolado.
Podem-se constatar suas aprendizagens durante o desenvolvimento das pesquisas durante as trocas de informações e em suas produções escritas nos blogs criados por eles.
Para SOARES (1998,2004) a aquisição da leitura e escrita é mais que um simples processo mecânico, é ir além da codificação e decodificação.
É necessário alfabetizar letrando para que o aluno possa usufruir com competência desses saberes no seu dia a dia.