quinta-feira, 23 de setembro de 2010

LETRAMENTO VOLTADO AS PRÁTICAS SOCIAIS DE ESCRITA

LETRAMENTO VOLTADO PARA AS PRÁTICAS SOCIAIS


Ao iniciar o estágio com a turma se 2º ano do Ensino Fundamental, a escrita partiu do método sintético, trabalhando com fragmentos da língua, iniciando o processo de alfabetização com um tema gerador programado para dez dias ou quinze dias.
Já quase na metade do estágio é que percebi que alfabetizar letrando não poderia ser da maneira que eu aprendi e como estava acostumado trabalhar e foi então que decidi a dar início à metodologia de Projetos de Aprendizagens e então me permitir a inovar.
Procurei atender essa demanda em minha turma de estágio experienciando situações que envolveram as diferentes linguagens de forma crítica, respeitando a heterogeneidade, as diferenças e necessidades individuais e principalmente considerando o erro, na elaboração da escrita, como parte do processo na construção textual dos alunos.
Confesso que não foi uma tarefa fácil, os desafios foram muitos, a começar pela família que não estava acostumada a ver as crianças falar em ter que pesquisar e buscar algo sem saber ler e escrever sendo necessário muito diálogo e também afirmar que o desconhecido era um método onde crianças iriam aprender mais e garantir que no final seus filhos iriam sair lendo e escrevendo.
Os alunos de certa forma também demonstraram certa resistência no início, pois não estavam acostumados a trabalharem desta maneira até que com muita determinação pode-se fazer um trabalho que despertassem neles a auto confiança e a buscar autonomia e assim começaram a tomar iniciativa.
Durante os PAS, os alunos aprenderam a representar, estabelecendo relações com o contexto, formularam hipóteses e muitos erros serviram para que eles avançassem para entender o sistema de representação da escrita e não apenas como um código isolado.
Podem-se constatar suas aprendizagens durante o desenvolvimento das pesquisas durante as trocas de informações e em suas produções escritas nos blogs criados por eles.
Para SOARES (1998,2004) a aquisição da leitura e escrita é mais que um simples processo mecânico, é ir além da codificação e decodificação.
É necessário alfabetizar letrando para que o aluno possa usufruir com competência desses saberes no seu dia a dia.

Um comentário:

Rosângela disse...

Oi Elaine,

Adorei tua postagem. Ela revela o quanto a compreensão de conceitos (Alfabetização e Letramento)trabalhados no curso te impuseram um novo fazer docente. Isso certamente te exigiu coragem, estudo, dedicação. Parabéns pela ousadia!

Aproveito para lembrar que a proposta do SI para esse semestre solicita que vocês revisitem as interdisciplinas dos eixos iniciais do curso, trazendo elementos que possam se articular ao TCC e/ou ao estágio. Nessa postagem, não fazes conexões com saberes de outras interdisciplinas, do início do curso. Fique atenta a isso, nas próximas postagens, certo?

Beijos, Rô Leffa.